"Apesar do estado de s�tio instaurado nos Kivus e em Ituri" desde o in�cio de maio, "a situa��o em termos de seguran�a n�o parece melhorar nessas prov�ncias", afirmou Denis Mukwege em um comunicado, referindo-se "com horror aos recentes massacres".
Estes ataques deixaram dezenas de mortos nos territ�rios de Beni e Irumu.
As popula��es "vivem com medo e terror", apesar de a ONU ter mobilizado suas for�as na regi�o, a Monusco, para apoiar o Ex�rcito congol�s.
Segundo ele, "esta situa��o tr�gica e escandalosa n�o pode continuar".
"Diante do fracasso das solu��es pol�ticas e de seguran�a, estamos convencidos de que o caminho para a paz duradoura exigir� o recurso a todos os mecanismos de justi�a de transi��o", convocou.
Nesse sentido, afirmou que o presidente congol�s, Felix Tshisekedi, deve "solicitar, de forma expressa, �s Na��es Unidas que estabele�a um tribunal penal internacional para a Rep�blica Democr�tica do Congo e apoie a cria��o de c�maras especializadas mistas para fazer justi�a �s v�timas de os crimes mais graves".
"Os l�deres de todo mundo tomar�o a palavra em breve" na Assembleia Geral da ONU, lembrou Mukwege, estimulando Tshisekedi a "pedir a ajuda das Na��es Unidas e a ado��o de uma resolu��o do Conselho de Seguran�a para implementar, sem demora, uma equipe de investigadores".
Segundo Mukwege, um m�dico que atua em Kivu do Sul, esses investigadores ter�o de "exumar as numerosas valas comuns no leste do pa�s e coletar e preservar as provas de atos suscet�veis de constituir crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes de genoc�dio".
� preciso "p�r fim � cultura de impunidade que alimenta os conflitos no nosso pa�s desde os anos 1990", concluiu.
BUKAVU