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Estado de Minas BEIRUTE

L�bano anuncia novo governo para enfrentar crise econ�mica


10/09/2021 20:57 - atualizado 10/09/2021 21:01

O L�bano anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo governo ap�s 13 meses de intermin�veis negocia��es pol�ticas que agravaram uma crise econ�mica sem precedentes que mergulhou milh�es de pessoas na pobreza.

O an�ncio foi feito depois de uma reuni�o entre o chefe de Estado, Michel Aoun, e o primeiro-ministro designado, Najib Mikati.

A forma��o de um novo governo era uma condi��o para receber a ajuda internacional que o pa�s tanto precisa, mas resta saber se ser� capaz de realizar as reformas exigidas e salvar o L�bano da fal�ncia.

A nova equipe, cujos membros foram designados pelos partidos no poder, inclui personalidades apol�ticas, como v�rios tecnocratas, como Firas Abiad, diretor do hospital estatal Rafic Hariri, que coordena a luta contar o coronav�rus.

A forma��o de um gabinete de especialistas totalmente independente dos pol�ticos, acusados de corrup��o, era uma das exig�ncias dos manifestantes libaneses e de algumas pot�ncias estrangeiras, lideradas pela Fran�a.

A nomea��o de George Kordahi, um apresentador de televis�o, no governo do homem mais rico do L�bano, provocou piadas nas redes sociais.

A primeira reuni�o do governo de 24 ministros, que s� inclui uma mulher, est� prevista para segunda-feira, anunciou o secret�rio-geral do Conselho de Ministros, Mahmud Makiye.

O pa�s est� sem um novo governo desde a ren�ncia do gabinete de Hasan Diab, poucos dias ap�s a explos�o no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020, que provocou mais de 200 mortes e devastou bairros inteiros da capital.

Desde ent�o, a crise econ�mica sem precedentes no pa�s se tornou ainda mais grave. O Banco Mundial a considera uma das piores do mundo desde 1850.

Com uma infla��o galopante e demiss�es em larga escala, 78% da popula��o libanesa vive abaixo da linha da pobreza, segundo a ONU.

Uma descida ao inferno: perda do valor da moeda local, restri��es banc�rias sem precedentes, elimina��o gradual dos subs�dios e escassez de combust�vel e medicamentos. Al�m disso, o pa�s passa parte do tempo no escuro h� meses, com grandes apag�es.

- Desafios e FMI -

O pr�ximo governo ter� de enfrentar v�rios desafios, como chegar a um acordo com o Fundo Monet�rio Internacional, com o qual as negocia��es est�o interrompidas desde julho de 2020.

Para a comunidade internacional, � uma etapa essencial para tirar o L�bano da crise e desbloquear ajudas. Desde a explos�o, ela se limitou a fornecer ajuda humanit�ria de emerg�ncia, ignorando as institui��es oficiais.

Nesta sexta-feira, Mikati se comprometeu a obter ajuda internacional: "Entrarei em contato com as entidades internacionais para garantir as coisas mais b�sicas da vida" para os libaneses, afirmou.

- "N�o h� outra sa�da" -

Para o pesquisador Sami Nader, O FMI � "o �nico lugar" que dever� ser procurado pelo pr�ximo governo. "N�o h� outra sa�da para a crise", declarou � AFP.

Mikati tamb�m prometeu que pedir� ajuda aos pa�ses �rabes. As rela��es do L�bano com as ricas monarquias do Golfo s�o tensas, em meio ao confronto regional entre o Ir� -xiita e aliado do poderoso movimento liban�s Hezbollah- e o Golfo, sunita.

O primeiro-ministro tamb�m se comprometeu a organizar elei��es legislativas em maio de 2022, como previsto. Essa vota��o � essencial para dar in�cio a uma renova��o da elite pol�tica, que praticamente n�o mudou desde a guerra civil no pa�s (1975-1990).

Apesar das amea�as de san��es da Uni�o Europeia (UE) e dos alertas e acusa��es de "obstru��o organizada" dos �ltimos meses, os l�deres pol�ticos libaneses seguiam sem dar o bra�o a torcer para mudan�as.

Ap�s o an�ncio, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, destacou a necessidade de "aplicar as reformas t�o esperadas", enquanto os Estados Unidos instaram Mikati a "lidar com as graves necessidades as as leg�timas aspira��es do povo liban�s".

J� o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, aplaudiu "um passo importante" para o pa�s, mas lembrou que "h� muitas outras coisas a resolver".

Nas ruas de Beirute, o an�ncio n�o parece ter levantado a moral da popula��o.

"N�o estou otimista, nem sobre o governo nem sobre o pa�s", afirma Rony, um estudante de 18 anos. "Quero ir embora deste pa�s se tiver a oportunidade".

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