A organiza��o marcou um encontro para daqui a tr�s anos para aprovar alguns princ�pios gerais sobre o assunto, em sua assembleia geral, transmitida on-line, que terminou nesta sexta em Marselha.
A mo��o foi aprovada ao fim de um inflamado debate que se arrastou por dias.
A cada quatro anos, a UICN re�ne os maiores especialistas em biodiversidade, cientistas e ecologistas, al�m de Estados e povos ind�genas.
O debate sobre se � �tico modificar os genes de animais ou plantas invasores para reduzir ou acabar com essa amea�a � diversidade ecol�gica enfrenta dois lados do conservacionismo, ambos presentes em Marselha.
A mo��o reconhece que "o princ�pio da precau��o merece aten��o espec�fica, j� que algumas aplica��es da biologia sint�tica podem levar a organismos com modifica��es complexas" e que "permanecem significativas lacunas de dados e conhecimento" sobre o tema.
Mas a pesquisa neste campo inovador deve continuar e, enquanto isso, a UICN deve iniciar "um processo inclusivo e participativo para elaborar uma pol�tica (...) sobre as repercuss�es do uso da biologia sint�tica".
A biologia sint�tica pode mudar radicalmente n�o apenas a maneira de enfrentar a amea�a de extin��o de muitas esp�cies, mas tamb�m o tratamento de doen�as.
Opositores, no entanto, consideram que os perigos da altera��o do c�digo gen�tico s�o muito grandes.
Na se��o final do debate nesta sexta-feira, pa�ses como Estados Unidos, �frica do Sul e Burkina Fasso se manifestaram a favor da aprova��o da mo��o.
"Cerca de 14 mil pessoas morreram de mal�ria no ano passado em Burkina Fasso", lembrou o representante do pa�s. "Vimos com a covid como o mundo � capaz de se mobilizar" em termos de inova��o, acrescentou o representante.
"A natureza precisa de mais pesquisas para entender melhor os poss�veis benef�cios e riscos. A mo��o mant�m esse espa�o para pesquisa", disse � AFP Carolina Torres, representante da organiza��o Island Conservation.
A mo��o final inclui a express�o "engenharia gen�tica", que � mais popularmente conhecida e pode ajudar a mobilizar os opositores, afirmou Tom Wakeford, da organiza��o ETC. "A mo��o passou, mas com emendas que mant�m a esperan�a", declarou.
PARIS