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Estado de Minas DUSAMBE

Refugiados afeg�os no Tadjiquist�o temem por parentes que ficaram pra tr�s


13/09/2021 08:29

Abdulbashir Yusufi ainda n�o acredita que sua terra natal, o Afeganist�o, voltou �s m�os do Talib�. A salvo no vizinho Tadjiquist�o, teme por seus parentes que permaneceram em casa.

Ele fugiu em agosto para o montanhoso pa�s da �sia Central, que faz fronteira com o seu, obtendo vistos de �ltima hora e passagens a�reas para sua esposa e filhos.

Este m�dico conseguiu escapar de sua cidade, Mazar-i-Sharif, e embarcar com sua fam�lia em um avi�o no aeroporto da capital Cabul, antes que ca�sse nas m�os do Talib�.

Contactado em Dushanbe, a capital tadjique, ele expressa sua grande preocupa��o por seus parentes, amea�ados por talib�s ap�s a ofensiva no Vale Panshir, �ltimo foco da resist�ncia no pa�s.

"Tenho muito medo por eles", disse Yusufi, de 43 anos, � AFP.

- "Vida amea�ada" -

Dezenas de milhares de afeg�os, assustados com o retorno do Talib� ao poder, concentraram-se desde meados de agosto em torno do aeroporto de Cabul na esperan�a de embarcar em um dos voos organizados pelos Estados Unidos e outros pa�ses em que mais de 123.000 pessoas foram retiradas, principalmente cidad�os locais.

M�dico que trabalhou para um laborat�rio farmac�utico brit�nico e depois para o ex�rcito alem�o, Abdulbashir Yusufi afirma que voltar para casa � imposs�vel.

"Se volt�ssemos ao Afeganist�o, nossas vidas estariam amea�adas", explica Yusufi, que aspira obter o status de refugiado no Ocidente e destaca o tratamento "sempre caloroso" que recebeu no Tadjiquist�o.

Esta ex-rep�blica sovi�tica com regime autorit�rio n�o forneceu dados oficiais sobre o n�mero de afeg�os que chegaram ao pa�s desde o in�cio da ofensiva talib� em maio.

E n�o pretende acolh�-los em massa. O ministro do Interior, Ramazon Khamro Rakhimzoda, disse que cerca de 80 fam�lias afeg�s est�o acampadas na fronteira, mas que o Tadjiquist�o n�o pode aceit�-las em seu territ�rio.

Para os afeg�os que conseguiram chegar no Tadjiquist�o, a postura anti-Talib� das autoridades locais � um bom press�gio.

Embora outros pa�ses vizinhos, como o Uzbequist�o, por exemplo, tenham estabelecido la�os com o Talib�, as autoridades tadjiques se recusam a faz�-lo.

O motivo � que o Tadjiquist�o sofreu uma sangrenta guerra civil na d�cada de 1990, colidindo com grupos isl�micos, e depois foi v�tima de ataques terroristas atribu�dos a um movimento pr�ximo ao Talib� quando eles controlaram o Afeganist�o pela primeira vez.

O presidente tadjique, Emomali Rakhmon, denuncia agora o surgimento de "grupos terroristas" em sua fronteira sul, ap�s o retorno do Talib� ao poder em Cabul.

Em setembro, concedeu uma condecora��o p�stuma ao famoso comandante afeg�o anti-Talib� Ahmad Shah Massoud, que foi assassinado em 2001, dois dias antes dos ataques de 11 de setembro que levaram � invas�o norte-americana do Afeganist�o.

O embaixador em Dushanbe do governo afeg�o deposto, Zahir Aghbar, tamb�m rejeita o regime do Talib� afirma sua lealdade ao ex-vice-presidente afeg�o Amrullah Saleh, um dos l�deres da resist�ncia no Afeganist�o.

O novo governo em Cabul � formado por "alguns mul�s, alguns dos quais nem mesmo leram dois livros" em sua vida, disse Aghbar em entrevista coletiva realizada na embaixada na �ltima quarta-feira.

Alguns jovens afeg�os que fugiram para o Tadjiquist�o contaram � AFP sobre seus planos para o futuro.

A filha de Abdulbashir Yusufi, Mahsa, de 15 anos, sonha em morar nos Estados Unidos, ou n�o no Canad� ou no Reino Unido.

"Se eu puder ir para um desses pa�ses, acho que posso me tornar algu�m que pode ajudar nosso povo", disse.

Por sua vez, Abdusabbur Alizai, um estudante de 23 anos, continuar� seus estudos na Universidade do Tadjiquist�o, onde est� matriculado.

Os afeg�os "est�o descontentes com o Talib� e querem deixar o Afeganist�o para ter uma vida melhor", acredita.


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