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Estado de Minas AMSTERD�

Greenpeace n�o est� para comemora��es ap�s 50 anos de ativismo


13/09/2021 09:25

Meio s�culo depois que um pequeno grupo de ativistas criou o Greenpeace, a chefe dessa organiza��o ambientalista alerta que ainda h� muito o que fazer a respeito da crise clim�tica antes de realmente comemorar alguma coisa.

Criado em 15 de setembro de 1971, quando um navio de mesmo nome tentou impedir um teste nuclear nos Estados Unidos, o Greenpeace se tornou um dos grupos de a��o mais conhecidos.

Mas o 50� anivers�rio da organiza��o ter� pouca import�ncia, diz Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace International, � AFP.

"N�o h� muito o que comemorar agora, estamos em uma emerg�ncia clim�tica", afirmou Morgan em uma entrevista na sede do grupo em um modesto conjunto de escrit�rios nos arredores de Amsterd�.

Morgan est� "profundamente preocupada que a resposta global seja insuficiente na crucial c�pula do clima COP26 em outubro em Glasgow.

"Tudo o que fizemos nestes 50 anos temos que reunir e usar para criar uma mudan�a profunda e absolutamente radical. O tempo est� se esgotando", declara.

- Mudar o mundo -

A jornada do Greenpeace come�ou idealisticamente, embora sem sucesso, com o primeiro navio saindo do porto canadense de Vancouver. Sua tentativa de impedir um teste nuclear na costa do Alasca foi interrompida pela interven��o policial.

Desde ent�o, a organiza��o ajudou a conter a ca�a comercial de baleias, atacou empresas de petr�leo e trabalhou para impedir o lixo t�xico e proteger a Ant�rtica, destaca Morgan.

Em meio a mem�rias da hist�ria do Greenpeace, como cartazes coloridos de suas campanhas e uma porta de barco arrombada por oficiais russos em 2013, Morgan ressalta que os princ�pios da organiza��o n�o mudaram at� hoje.

"O Greenpeace come�ou com o ideal de que os indiv�duos podem mudar o mundo com uma ideia e um pouco de esperan�a".

"Acredito que em 50 anos o Greenpeace conseguiu coisas realmente milagrosas", embora entre seus triunfos tamb�m haja trag�dias.

Em 1985, o servi�o secreto franc�s bombardeou o navio s�mbolo do Greenpeace, o "Rainbow Warrior", quando estava ancorado em Auckland, na Nova Zel�ndia, matando o fot�grafo portugu�s Fernando Pereira.

O grupo marca essa data a cada ano e permanece cauteloso com os governos, com ativistas no Brasil, China e Indon�sia correndo riscos pessoais por suas campanhas.

- Momento cr�tico -

O Greenpeace cresceu muito desde seu in�cio e agora tem mais de 3.500 funcion�rios em 55 pa�ses, quase o mesmo n�mero de algumas das empresas multinacionais que ataca.

Mas Morgan insiste que o grupo ainda � "radical", apesar do surgimento de rivais mais jovens como o Extinction Rebellion, que chamou a aten��o porque seus ativistas usam cola para se grudar a pr�dios ou bloquear estradas e pontes.

Embora conhecido no passado por seus esquemas, o Greenpeace est� cada vez mais se voltando para outras estrat�gias, como a��es legais contra o clima contra governos e poluidores.

Morgan diz que o Greenpeace agora coopera mais com outros grupos ambientais e povos ind�genas, algo que acredita que deveriam ter feito mais no passado.

Tamb�m estar� envolvido na COP26, um "momento fundamental para o planeta" que ela teme que os pa�ses n�o aproveitem.

"Estou profundamente preocupada, o que vejo agora s�o governos agindo como se fossem os anos 1980", por sua falta de urg�ncia com o clima, disse.

E tamb�m prop�s adiar a c�pula se os pa�ses em desenvolvimento n�o puderem comparecer devido � falta de vacinas contra a covid-19.

Para seu anivers�rio, o Greenpeace programou eventos de pequena escala nesta quinta-feira em seus escrit�rios ao redor do mundo.

Como evento comemorativo na Alemanha em agosto, a chanceler Angela Merkel elogiou o grupo por ser "persistente, combativo, firme e persuasivo".

O que espera o Greenpeace nos pr�ximos 50 anos? "Acho que o objetivo deveria ser que o Greenpeace n�o existisse mais", disse Morgan.

Mas assumindo que a campanha ambientalista enfrentar� mais batalhas no futuro, Morgan espera que o Greenpeace possa ajudar a criar "um momento cr�tico no qual a esperan�a avance".


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