"Agradecemos e recebemos favoravelmente o compromisso do mundo de quase um bilh�o de d�lares em ajuda e pedimos que continue ajudando o Afeganist�o", declarou o ministro em exerc�cio das Rela��es Exteriores do novo Executivo afeg�o, Amir Khan Muttaqi.
Washington prometeu na segunda-feira, como parte de uma iniciativa da ONU, quase 64 milh�es de d�lares para as organiza��es humanit�rias que trabalham no Afeganist�o. Em compara��o, o governo americano gastou 2 trilh�es de d�lares em 20 anos de guerra no pa�s.
A situa��o � cr�tica para milh�es de afeg�os, que antes da vit�ria do Talib� j� sofriam pelas consequ�ncias econ�micas de duras secas, da covid-19 e de d�cadas de guerra.
Segundo a ONU, quase toda a popula��o afeg� pode ficar abaixo do limite de pobreza no ano que vem (97%), enquanto agora essa porcentagem est� em 72%.
- Mais generosidade -
O secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu na segunda-feira � comunidade internacional para dialogar com os talib�s, apesar das relut�ncias de v�rios pa�ses em fornecer ajuda ao governo isl�mico ultraconservador dos insurgentes.
"Se quisermos avan�ar os direitos humanos do povo afeg�o, a melhor maneira de progredir com a ajuda humanit�ria � dialogar com os talib�s e usar essa ajuda humanit�ria para impulsionar a aplica��o desses direitos", disse.
O governo americano, que gastou mais de 2 bilh�es de d�lares em duas d�cadas de conflito, forneceu apenas 64 milh�es � iniciativa da ONU.
O chefe da diplomacia afeg� pediu mais solidariedade aos Estados Unidos, que s�o um "grande pa�s e precisam mostrar sua generosidade".
Segundo Amir Khan Muttaqi, os talib�s ajudaram o ex�rcito dos EUA "facilitando sua retirada. Mas em vez de agradecerem, falam de impor san��es ao nosso povo".
- Protestos em Kandahar -
A ca�tica retirada americana no Afeganist�o continua gerando pol�mica em Washington.
O secret�rio de Estado dos EUA, Antony Blinken, defendeu sua gest�o na segunda-feira em um tenso debate no Congresso, no qual a oposi��o republicana denunciou uma "rendi��o incondicional" aos insurgentes.
"Herdamos um prazo, n�o herdamos um plano", lamentou Blinken.
Washington informou nesta ter�a-feira que cerca de 500 "soldados e civis" afeg�os foram evacuados do Uzbequist�o.
Os talib�s anunciaram na semana passada a forma��o de seu governo, do qual fazem parte v�rios l�deres hist�ricos deste movimento nacionalista e fundamentalista isl�mico.
Embora tenham se comprometido a impor um novo governo menos brutal e rigoroso do que o dos anos 1990, os talib�s j� reprimiram e proibiram manifesta��es em grandes cidades do pa�s. Entre elas, v�rias mulheres exigiam poder continuar trabalhando para alimentar suas fam�lias.
Centenas dessas mulheres protestaram nesta ter�a-feira em Kandahar, a grande cidade do sul e ber�o do movimento do Talib�, contra a decis�o das novas autoridades de expulsar de suas casas os militares afeg�os e seus familiares, e dar essas casas a combatentes insurgentes.
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CABUL
Talib� agradece ao mundo pela ajuda prometida e pede generosidade aos EUA
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