"Nunca me recusei a oferecer a eucaristia a algu�m", afirmou o l�der religioso, ao ser perguntado sobre a proposta de alguns bispos dos EUA de negar a comunh�o aos pol�ticos cat�licos que apoiam leis favor�veis ao aborto.
"A comunh�o n�o � um pr�mio para os perfeitos", assegurou o pont�fice, ap�s afirmar que o "aborto � mais que um problema, � um homic�dio". "Quem aborta mata, � assim", disse Francisco.
Contudo, o papa advertiu que "quando a Igreja, para defender um princ�pio, n�o se comporta como um pastor, acaba se tornando um partido pol�tico".
"Sempre foi assim, � s� lembrarmos da hist�ria", acrescentou o l�der cat�lico, ao mencionar o caso de Joana d'Arc e Savonarola, que foram queimados na fogueira durante a Inquisi��o por heresia.
"O que um pastor deve fazer? Ser pastor, e n�o andar por a� condenando", frisou Francisco.
"Ser pastor dos excomungados? Sim. O pastor deve estar com eles. Ser pastor com o estilo de Deus. E o estilo de Deus � empatia, compaix�o e ternura", explicou.
Atualmente, o tema da legaliza��o do aborto tem sido recorrente em diversos pa�ses. No in�cio do m�s, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a negativa da Suprema Corte do pa�s de bloquear uma lei do Texas que pro�be a interrup��o ap�s seis semanas de gesta��o.
Al�m disso, no fim de 2020, a Argentina, terra natal do papa Francisco, se juntou ao pequeno grupo de pa�ses da Am�rica Latina em que a interrup��o volunt�ria da gravidez nas primeiras semanas de gesta��o n�o � criminalizada.
A BORDO DO AVI�O PAPAL