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Estado de Minas MOSCOU

Google e Apple acusadas de 'censura' pela oposi��o em legislativas na R�ssia


17/09/2021 20:51 - atualizado 17/09/2021 20:55

O movimento do l�der opositor detido Alexei Navalny acusou, nesta sexta-feira (17), as empresas Google e Apple de ceder �s vontades do Kremlin ao suprimir de suas plataformas um aplicativo que ajuda a votar contra o partido do presidente Vladimir Putin, no primeiro dia das elei��es legislativas da R�ssia.

Isolado por causa de um foco de coronav�rus em seu entorno, Putin votou eletronicamente nesta sexta.

Praticamente nenhum candidato contr�rio ao Kremlin foi autorizado a se apresentar nessas elei��es, que ocorrem durante tr�s dias (desta sexta-feira at� domingo) e depois de meses de tentativas de reduzir � m�nima express�o os movimentos da oposi��o.

"Temos todo o Estado russo contra n�s e inclusive as grandes empresas tecnol�gicas, mas isso n�o significa que vamos ceder", disse a equipe de Navalny em uma mensagem divulgada no Telegram nesta sexta.

"Hoje (sexta-feira) �s 8h00, hor�rio russo, Google e Apple suprimiram nosso aplicativo Navalny de suas lojas de aplicativos. Ou seja, cederam � chantagem do Kremlin", afirmou no aplicativo de mensagens Telegram Leonid Volkov, um opositor no ex�lio e um dos principais colaboradores de Navalny.

Horas depois, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que as duas empresas simplesmente aderiram � lei russa. "Este aplicativo � ilegal no nosso pa�s", insistiu.

Uma fonte familiarizada com a decis�o disse � AFP que a Apple retirou o aplicativo por medo de repres�lia contra seus funcion�rios, ap�s receber "amea�as de deten��o" na R�ssia.

A fonte, que falou sob condi��o de anonimato, disse que as amea�as oficiais aumentaram a um ponto que o aplicativo teve que ser retirado no in�cio das elei��es parlamentares no pa�s, que v�o durar tr�s dias.

Horas depois do an�ncio da Apple, o Google tamb�m informou ter retirado o aplicativo devido � "coa��o extraordin�ria" do governo russo, que incluiu "s�rias amea�as de repres�lias legais e penas de pris�o para os funcion�rios locais", segundo uma fonte pr�xima a este caso.

Simpatizantes de Navalny adotaram uma estrat�gia de "voto inteligente" por meio de um aplicativo que informa qual candidato deveria ser apoiado, na grande maioria comunistas, para derrotar os aspirantes do R�ssia Unida, partido de Putin.

O aplicativo permite saber em quem votar em cada circunscri��o legislativa, mas tamb�m nas elei��es locais e regionais. No passado, este servi�o teve certo sucesso, especialmente em Moscou em 2019.

A R�ssia reiterou recentemente as advert�ncias aos gigantes da internet que se recusassem a eliminar conte�dos considerados ilegais, incluindo os do movimento Navalny, proibido por "extremismo" desde junho.

Al�m disso, representantes das empresas de tecnologia foram convocados na quinta-feira a uma comiss�o da c�mara alta do Parlamento.

Nesta sexta, o senador Andrei Klimov, presidente desta comiss�o, afirmou que ap�s a "conversa" de quinta-feira, "Google e Apple chegaram � �nica conclus�o poss�vel".

Cerca de 108 milh�es de russos foram convocados �s urnas para elegerem os 450 membros da Duma - a c�mara baixa do Parlamento. Os resultados das elei��es ser�o anunciados no domingo (19), a partir das 15h00 (hor�rio de Bras�lia).

"Devido �s restri��es sanit�rias, � quarentena, cumpri meu dever de cidad�o online", disse o chefe de Estado, em um v�deo divulgado pelo Kremlin.

Seus cr�ticos denunciaram fraude, divulgando v�rios v�deos e imagens nas redes sociais, como costumam fazer toda elei��o.

- Filas suspeitas -

Os opositores explicaram que viram grandes filas em frente a alguns col�gios eleitorais, resultado da press�o exercida pelos chefes sobre seus funcion�rios e empregados para que fossem votar em seu hor�rio de trabalho.

A conta do Twitter de um candidato preso, Alexei Pivovarov, estava transmitindo imagens de aglomera��es nas urnas.

A ONG especializada em observa��o eleitoral Golos tamb�m detalha este tipo de fraude em seu site, publicando fotos de pilhas de c�dulas dobradas dentro das urnas.

Esta organiza��o respeitada foi classificada como "agente estrangeiro" pelo governo russo, um r�tulo que dificulta sua atividade.

Entre os eleitores entrevistados pela AFP, alguns n�o esconderam sua decep��o. Evgueni Kovtounov, um cientista da computa��o, estima que n�o haver� nenhuma mudan�a significativa na vota��o.

J� em Moscou, Mikhail Streltsov, um aposentado de 91 anos, est� satisfeito com o atual status quo: "O mais importante � que o pa�s esteja est�vel e se desenvolva".

Em janeiro, Navalny foi detido quando retornou � R�ssia depois de receber tratamento na Alemanha por um envenenamento que quase o matou, um ataque que ele atribui ao Kremlin.

Desde ent�o, seu movimento foi proibido no pa�s por ser acusado de "extremista" e v�rios de seus aliados foram obrigados a partir para o ex�lio, foram detidos ou tiveram as candidaturas vetadas.

O partido R�ssia Unida, impopular e abalado por v�rios esc�ndalos de corrup��o, tem menos de 30% das inten��es de voto.

Mas o partido provavelmente vencer� as elei��es, pois n�o existe uma disputa real e os demais partidos na Duma seguem, em maior ou menor medida, a linha do Kremlin.

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