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Estado de Minas BERLIM

Social-democrata se consolida como favorito para suceder Merkel na Alemanha


19/09/2021 21:14 - atualizado 19/09/2021 21:19

O social-democrata Olaf Scholz consolidou-se neste domingo como favorito para suceder a chanceler alem�, Angela Merkel, ao vencer o �ltimo grande debate entre os tr�s principais candidatos, a uma semana das elei��es legislativas.

Scholz, atual ministro das Finan�as e vice-chanceler, prevaleceu no debate da noite deste domingo, contra o conservador Armin Laschet e a ambientalista Annalena Baerbock, segundo pesquisa da empresa Forsa, que lhe atribuiu 42% de opini�es favor�veis ap�s o encontro.

O social-democrata, 63, sem grande carisma, tamb�m venceu os debates anteriores, apresentando-se como um gestor tranquilo e experiente, qualidades essenciais para os alem�es.

Armin Laschet, considerado o herdeiro natural de Merkel, mostrou-se combativo nesta reta final, mas a pesquisa da Forsa indicou que ele recebeu apenas 27% de opini�es favor�veis no debate.

Laschet, 60, n�o conseguiu desestabilizar o principal advers�rio e pareceu perder o rumo com as quest�es sociais, lan�ando um mal-humorado "N�o entendi" ap�s uma interven��o de Annalena Baerbock, que teve 25% de opini�es favor�veis na pesquisa da Forsa.

A direita, formada pela Uni�o Democrata Crist� (CDU) aliada ao CSU da Baviera, aparece nas pesquisas com entre 20% e 22% das inten��es de voto, contra de 25% a 26% para os social-democratas do SPD. Os verdes t�m entre 15% e 17%.

O que parecia impens�vel semanas atr�s agora se mostra cada vez mais prov�vel: a direita alem� da chanceler Angela Merkel corre o risco de retornar � oposi��o pela primeira vez desde 2002.

- Dignidade -

Desigualdade social, combate �s mudan�as clim�ticas, digitaliza��o e seguran�a interna foram temas que dominaram o debate, transmitido por emissoras privadas e centrado em temas dom�sticos. "� surpreendente ver que a Europa e a pol�tica externa n�o foram abordadas em nenhum dos tr�s debates", observou a revista "Der Spiegel".

Os Verdes e sua l�der Annalena Baerbock, uma advogada de 40 anos que, inicialmente, causou euforia, antes de cometer v�rios erros atribu�dos � sua inexperi�ncia, parecem n�o ter chances de chegar � chancelaria. Seria esse o caso de Laschet?

Surpresas n�o devem ser descartadas. Dos eleitores alem�es, 40% ainda n�o sabem em quem v�o votar, de acordo com um estudo do instituto Allensbach. A isso, somam-se as margens de erro nas pesquisas e a grande quantidade do voto por correspond�ncia este ano, devido � pandemia.

"A elei��o deve decidir o �ltimo governo que poder� influenciar na crise clim�tica" e, sem os Verdes, isso seria "imposs�vel", afirmou neste domingo Baerbock durante um congresso de seu partido.

Os ambientalistas devem, em qualquer cen�rio, desempenhar um papel crucial na forma��o de um governo de coaliz�o, provavelmente composto por tr�s partidos.

Olaf Scholz e Annalena Baerbock, que defenderam o aumento do sal�rio m�nimo, pareciam j� formar uma equipe no debate de hoje. "Dez milh�es de pessoas se beneficiariam" desse aumento, observou Scholz. "Isso � pela dignidade dos cidad�os."

Enfrentando dificuldades e precisando de uma vit�ria no �ltimo debate, Armin Laschet concentrou seus ataques na perspectiva de um governo "vermelho" na Alemanha, associando seu rival social-democrata ao partido da esquerda radical Die Linke.

- Fator Merkel -

Ap�s o debate, a esperan�a que resta ao candidato conservador � o apoio de Angela Merkel. A chanceler, que deixar� o cen�rio pol�tico ap�s 16 anos no poder, e que segue sendo muito popular, se manteve inicialmente � margem da campanha, antes de demonstrar apoio a Laschet. A chanceler participa com ele de v�rios atos de campanha.

"Isso deve benefici�-lo", opina o cientista pol�tico Karl-Rudolf Korte da Universidade de Duisburgo, "assim como todos os que nos �ltimos anos foram eleitos por serem pessoas pr�ximas a Merkel". Seja qual for o resultado das elei��es, o campo conservador se prepara para um resultado historicamente baixo, que pode ofuscar a influ�ncia de Angela Merkel.

Os acertos de contas no campo interno j� come�aram: em entrevista neste domingo ao jornal "Tagesspiegel", Wolfgang Sch�uble, influente ministro das Finan�as entre 2009 e 2017, responsabilizou a chanceler pelo enfraquecimento da CDU, por ter preparado mal a sucess�o.


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