"O crescimento econ�mico acelerou este ano, auxiliado pelo forte apoio pol�tico, a distribui��o de vacinas eficazes e a retomada de muitas atividades econ�micas", afirma a OCDE em seu relat�rio. Para 2022, a organiza��o prev� uma expans�o mundial de 4,5%.
O Produto Interno Bruto (PIB) mundial recupera assim "o n�vel pr�vio � pandemia, mas as lacunas de produ��o e emprego prosseguem em muitos pa�ses, especialmente nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, onde os �ndices de vacina��o s�o reduzidos", destaca.
A falta de vacina��o a n�vel mundial deixa todos em risco", declarou em uma entrevista coletiva o economista chefe da OCDE, Laurence Boone, que expressou inquieta��o com os pa�ses emergentes e de baixa renda.
O secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, criticou recentemente a lentid�o mundial para estimular a vacina��o. A "epidemia de covid-19 � um alerta, mas ainda estamos dormindo".
- "Press�es inflacion�rias" -
Ap�s uma contra��o hist�rica em 2020 pelas medidas adotadas para frear a propaga��o do coronav�rus, a recupera��o � "muito desigual, com resultados singularmente diferentes nos distintos pa�ses", segundo a OCDE.
A organiza��o reduziu em 0,9% a previs�o de crescimento dos Estados Unidos em 2021 na compara��o com as proje��es de maio, que ficaria em 6%, mas aumentou a previs�o para a Eurozona (5,3%, +1).
Boone disse que a revis�o em baixa da proje��o dos Estados Unidos se deve "� variante delta, que atingiu com for�a" a maior economia mundial, embora o pa�s esteja se recuperando de novo "com muita for�a".
A Alemanha foi a �nica das principais economias europeias a sofrer uma redu��o na previs�o de crescimento, a 2,9% (-0,4), diferente de Fran�a (6,3%, +0,5), It�lia (5,9%, +1,4) e Espanha (6,8%, +0,9).
"O forte apoio � pol�tica macroecon�mica e as condi��es financeiras acomodat�cias devem continuar a sustentar a demanda nos pa�ses desenvolvidos", afirmou a OCDE, em refer�ncia ao pacote de est�mulo da UE e ao plano de infraestrutura dos Estados Unidos.
A previs�o de crescimento da China, motor da economia mundial, permanece para o ano em curso em 8,5%. As principais economias da Am�rica Latina viram suas proje��es elevadas: M�xico (6,3%, +1,3), Argentina (7,6%, +1,5) e Brasil (5,2%, +1,5).
"Mas alguns pa�ses t�m margens de manobra limitadas para proporcionar um apoio amplo � atividade, em particular aqueles em que as press�es inflacion�rias j� est�o aumentando e as taxas de juros subiram", como Brasil e M�xico, segundo o relat�rio.
Sobre a infla��o, as previs�es da OCDE apontam 3,6% em 2021 nos Estados Unidos, 2,1% na Eurozona, 5,4% no M�xico e 7,2% no Brasil, enquanto a Argentina deve registrar 47%.
"Pensamos que � um fen�meno tempor�rio", afirmou o secret�rio-geral da organiza��o, Mathias Cormann.
Laurence Boone explicou que a OCDE monitora de perto uma poss�vel transmiss�o do aumento dos pre�os a progress�es r�pidas e generalizadas dos sal�rios, uma "espiral" que pretendem evitar e que "at� o momento" n�o aconteceu.
PARIS