O assassinato de Floyd em maio de 2020, asfixiado depois que Chauvin permaneceu quase 10 minutos com o joelho sobre o pesco�o da v�tima, provocou grandes protestos nos Estados Unidos contra o racismo e a brutalidade policial.
Na �ltima noite do prazo, o ex-policial, 45 anos, apresentou um recurso na corte do distrito de Minnesota, no qual acusa o Estado de m� conduta prejudicial e cita uma lista de quest�es como a sele��o do j�ri.
A apela��o de Chauvin, que tinha um hist�rico de uso excessivo da for�a, critica a justi�a por n�o aceitar o adiamento ou mudan�a do local do julgamento, e por se recusar a isolar o j�ri durante o julgamento.
O ex-policial foi filmado ajoelhado sobre o pesco�o de Floyd, que tinha 46 anos, indiferente �s queixas de dores do homem ou aos apelos das pessoas que passavam pelo local.
A cena, que foi disponibilizada nas redes sociais por uma mulher, viralizou rapidamente. Antes de morrer, Floyd, desesperado, repetia: "Eu n�o consigo respirar".
As imagens levaram milhares de pessoas �s ruas nos Estados Unidos e em outros pa�ses, com manifesta��es para exigir o fim do racismo e da brutalidade policial.
Chauvin e outros tr�s policiais participaram na deten��o de Floyd por supostamente ter usado uma nota falsa de 20 d�lares em uma loja de Minneapolis, uma cidade do norte dos Estados Unidos com quase 400.000 habitantes.
Os outros agentes que participaram na opera��o devem ser julgados no pr�ximo ano.
- Dez horas de delibera��o -
Nos documentos apresentados, Chauvin afirma que n�o tem renda nem representa��o legal para o processo de apela��o. Um fundo para sua defesa que pagou pela assist�ncia jur�dica durante o julgamento foi encerrado ap�s o an�ncio da senten�a.
O ex-policial, que compareceu ao tribunal durante as seis semanas do julgamento, n�o testemunhou, invocando o direito � Quinta Emenda contra a autoincrimina��o.
O advogado de Chauvin alegou que o agente seguiu os procedimentos em vigor na pol�cia no momento e que a morte de Floyd foi provocada por problemas de sa�de, agravados pelo consumo de drogas.
Mas no fim do julgamento, que recebeu grande cobertura da imprensa, o j�ri o declarou culpado de assassinato ap�s apenas 10 horas de delibera��o.
Em junho, o juiz decretou uma pena de 22 anos e meio de pris�o, para al�vio de muitos ativistas da luta por igualdade racial que temiam uma absolvi��o.
O advogado da fam�lia da v�tima declarou que a senten�a era um passo "hist�rico" para a reconcilia��o racial nos Estados Unidos.
WASHINGTON