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Estado de Minas BERLIM

Armin Laschet: o herdeiro leg�timo de Merkel, mas impopular entre os eleitores


26/09/2021 08:59 - atualizado 26/09/2021 09:02

Elogiado por sua capacidade para conciliar lados opostos e por sua tenacidade, o conservador Armin Laschet se apresenta como o herdeiro da linha moderada e pr�-Europa de Angela Merkel. Mas ele sofre com uma persistente impopularidade, agravada por v�rios passos em falso.

Nas elei��es legislativas deste domingo (26), que marcar�o o fim dos 16 anos de governo de Angela Merkel, este homem de 60 anos, af�vel e com um sorriso t�mido caracter�stico, tem a miss�o de evitar uma derrota humilhante da direita.

A Uni�o Democrata Crist� (CDU), partido de Merkel, aparece em segundo lugar nas pesquisas de inten��o de voto com 22%, contra 25 a 26% para o Partido Social-Democrata (SPD), seu aliado na coaliz�o de governo.

Apenas 12% dos alem�es escolheriam Laschet como chanceler, segundo a pesquisa mais recente do instituto Insa, algo nunca registrado para um candidato da CDU antes das legislativas.

Os motivos? Ele foi considerado o grande perdedor nos tr�s debates exibidos na televis�o com o principal rival, o social-democrata Olaf Scholz, sua campanha foi marcada por muitos erros e ele n�o conseguiu convencer sobre sua capacidade de substituir Merkel.

- "Armin o turco"-

Laschet � considerado um herdeiro natural da atual chanceler, que � claramente seu modelo pol�tico. Este pai de tr�s filhos � um "pr�-europeu entusiasmado" e foi um dos poucos que a apoiou sem reservas na decis�o de receber centenas de milhares de migrantes da S�ria e Afeganist�o em 2015.

Suas convic��es sobre o tema s�o antigas. A ampla pol�tica de integra��o quando era ministro regional em 2005 rendeu o apelido de "Armin, o turco" dentro da CDU.

A diversidade �tnica "n�o � uma amea�a, e sim um desafio e uma oportunidade", declarou em 2009.

Armin Laschet nasceu em fevereiro de 1961 em uma fam�lia modesta de Aachen, na regi�o de Ren�nia do Norte-Westfalia, que governa desde 2017.

Seu pai come�ou a carreira como trabalhador do setor de minera��o e se tornou professor. "Ele mostrou que trabalhar vale a pena, que a ascens�o social � poss�vel", afirma em uma autobiografia.

Cat�lico fervoroso, Laschet conheceu a esposa no coral da igreja, estudou Direito e trabalhou como jornalista antes de entrar para a pol�tica.

Ap�s cinco anos no Bundestag, ele foi eurodeputado, entre 1999 e 2005, especializado em pol�tica internacional e quest�es de seguran�a.

Laschet foi apontado como um perdedor em muitas ocasi�es, mas surpreendeu por sua resist�ncia.

Em janeiro conquistou a presid�ncia da CDU e em abril a candidatura da direita ao superar o popular l�der do pequeno partido b�varo CSU, Markus S�der, depois de uma batalha interna feroz.

- Gafes e risadas -

Ele se aproveitou depois das gafes da candidata do Partido Verde, Annalena Baerbock, que liderava as pesquisas, para recuperar espa�o. Laschet apresenta um programa eleitoral pouco definido, mas tranquilizador, algo que se conecta com o credo de Merkel de n�o fazer experimentos em per�odo de campanha eleitoral.

Mas as inunda��es no oeste da Alemanha em julho, que deixaram quase 180 mortos, incluindo 50 na regi�o que ele governa, desafiaram suas qualidades para administrar uma crise.

E, como durante a pandemia, se distinguiu por uma incr�vel falta de habilidade social.

Entrevistado por uma jornalista sobre a possibilidade de adotar medidas mais en�rgicas contra a mudan�a clim�tica, considerada em parte respons�vel pelas inunda��es, ele respondeu: "Desculpe, senhorita. N�o � porque isto aconteceu que devemos mudar de pol�tica", o que rendeu muitas cr�ticas nas redes sociais, tanto pelo tom condescendente como pelo conte�do da resposta.

Depois, durante uma cerim�nia de homenagem �s v�timas das inunda��es, uma imagem provocou choque na Alemanha. Laschet, em segundo plano atr�s do presidente do pa�s, Frank-Walter Steinmeier, apareceu dando risadas.

Al�m disso, ele teve que reconhecer "erros" ap�s as acusa��es de pl�gio por um livro escrito em 2009.

Cada vez que pede perd�o ele cai nas pesquisas de inten��o de voto e muitos duvidam que ele conseguir� reverter a tend�ncia.

A tal ponto que Angela Merkel, que estava � margem da campanha, decidiu comparecer a v�rios eventos nos �ltimos dias para expressar apoio a Laschet.

Em uma entrevista ao jornal Die Welt, Laschet se negou a admitir uma derrota. "Estou convencido de que vou atravessar a linha de chegada em primeiro no domingo", disse.


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