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Estado de Minas BERLIM

Social-democratas lideram ligeiramente elei��es na Alemanha


26/09/2021 14:42

Os social-democratas alem�es largaram na frente, neste domingo (26), nas elei��es legislativas que marcam o fim da era Merkel, de acordo com as primeiras estimativas, mas os conservadores da chanceler ainda pretendem disputar a forma��o do pr�ximo governo.

O SPD e seu l�der Olaf Scholz est�o em ligeira vantagem, com entre 24,9% e 25,8% dos votos, enquanto os conservadores da uni�o CDU-CSU liderados por Armin Laschet aparecem com entre 24,2 e 24,7%, segundo as estimativas divulgadas pelos canais de televis�o.

Olaf Scholz falou de um "grande sucesso" e apresentou-se como o "pr�ximo chanceler".

Mas, apesar do resultado "decepcionante", os conservadores tamb�m pretendem formar o pr�ximo executivo, alertou Armin Laschet, que falou ao lado de Merkel.

Esta competi��o iminente corre o risco de mergulhar a maior economia europeia em um longo per�odo de paralisia pol�tica e negocia��es entre as partidos.

- "Perdas amargas" -

Para os democratas-crist�os, as "perdas s�o amargas", admitiu Paul Ziemak, n�mero dois da CDU. O partido nunca registrou menos de 30% de votos. Em 2017 teve 32,8%.

Seja qual for o resultado, os resultados que est�o surgindo na Alemanha marcam um renascimento inesperado do Partido Social-Democrata, que estava em maus len��is h� apenas alguns meses.

Os resultados das pesquisas de boca de urna foram saudadas com alegria na sede do partido em Berlim.

Tendo uma grande parte dos eleitores votado pelo correio, esta primeira tend�ncia pode, no entanto, ser corrigida ao longo da noite com as primeiras contagens.

Os democratas-crist�os certamente sofrer�o um rev�s sem precedentes, que causar� turbul�ncia interna e promete uma complicada sucess�o de Angela Merkel.

A pontua��o abaixo de 30% � um "desastre", de acordo com o jornal Bild.

Esse rev�s lan�a uma sombra sobre o fim do reinado de Merkel, cuja popularidade permanece no auge ap�s quatro mandatos, mas que se mostrou incapaz de preparar a sua sucess�o.

Os Verdes e sua candidata Annalena Baerbock, que chegaram a ser favoritos, perderam o rumo ao longo da campanha e terminam em terceiro com 14,8%, segundo essas estimativas. Alguns poucos motivos para satisfa��o: bateram o recorde de 2009, quando obtiveram 10,7% dos votos, e subiram seis pontos em rela��o a 2017.

Os liberais do FDP, em quarto com cerca de 11,5%, parecem ser os "fazedores de reis", inevit�veis para construir uma futura coaliz�o.

O partido de extrema-direita AfD, cuja entrada no Bundestag foi o destaque da legislativas de 2017, confirma sua presen�a no cen�rio pol�tico alem�o. Mas com entre 10 e 11%, este partido islamof�bico minado por conflitos internos, caiu em compara��o com quatro anos atr�s (12,6%).

Se a tend�ncia se confirmar, Olaf Scholz, vice-chanceler e ministro das Finan�as do atual governo, parece ter as melhores chances de suceder Angela Merkel, chanceler por 16 anos, e de iniciar a "mudan�a" prometida no final do campanha.

Este social-democrata de centro ter�, por�m, de construir uma coaliz�o de tr�s partidos, a primeira na hist�ria alem� contempor�nea.

Os Verdes, que n�o esconderam durante a campanha sua disponibilidade para entrar em um governo social-democrata, devem fazer parte da equipe.

- Sa�da atrasada de Merkel? -

A identidade da terceira for�a permanece totalmente incerta. Os liberais do FDP, claramente � direita, s�o um poss�vel parceiro no quadro de uma chamada coaliz�o "tricolor".

Outra possibilidade � a esquerda radical do Die Linke, que segundo as pesquisas de boca de urna re�ne cerca de 5%, mas que n�o tem garantia de ultrapassar a marca dos 5% e assim se manter no Bundestag.

Olaf Scholz se mostrou aberto a discuss�es com essas duas forma��es divergentes em praticamente todos os assuntos.

Como as negocia��es devem durar v�rios meses, elas podem atrasar a sa�da efetiva de Merkel, de 67 anos, dos quais mais de 30 na pol�tica.

Depois de uma campanha ca�tica marcada por erros e gafes, Laschet, ao que tudo indica o grande perdedor da noite, ter� de ser muito persuasivo.

Num ato falho, ao votar ele quebrou a regra de sigilo eleitoral, deixando seu boletim de voto vis�vel �s c�meras.

O p�s-Merkel, em �ltima an�lise, corre o risco de dar origem a uma nova guerra de l�deres dentro da direita alem�, onde a quest�o do futuro de Laschet � frente da CDU ser� levantada, oito meses ap�s sua elei��o.


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