"APROVADO, C�mara aprova projeto para permitir aos afiliados do sistema previdenci�rio a retirada antecipada e volunt�ria de parte dos fundos", anunciou a C�mara Baixa no Twitter depois que a iniciativa obteve 94 votos a favor (um al�m do necess�rio), 39 contra e nove absten��es. Para virar lei, o projeto deve ser aprovado no Senado.
O projeto de lei apresentado por legisladores de centro-esquerda recebeu os votos de 17 deputados pr�-governo, que ignoraram as advert�ncias do governo por medo da rejei��o popular, em meio � campanha para as elei��es presidenciais e parlamentares de 21 de novembro.
Desde setembro de 2020 e em meio � pandemia do coronav�rus, o Congresso aprovou tr�s saques de at� 10% a cada vez dos recursos acumulados em contas individuais de administradoras de fundos de pens�o privados, empresas criticadas pelos chilenos por pagarem aposentadorias baixas.
O governo afirmou que esta quarta retirada n�o se justifica, porque o pior da crise econ�mica j� passou e a medida pode alimentar a infla��o ao entrar em circula��o o equivalente a entre 12.000 e 16.000 milh�es de d�lares.
Al�m disso, o governo destacou que a cria��o de empregos se recuperou e a ajuda estatal direta �s fam�lias foi ampliada para 16 milh�es dos 19 milh�es de chilenos.
Os saques anteriores tamb�m foram aprovados gra�as a votos de legisladores da situa��o, aos quais se juntou a oposi��o.
"N�o temos mais quarentenas, a recupera��o [econ�mica] j� come�ou e estamos diante de um aumento sem precedentes do consumo", disse durante o debate o deputado Jos� Auth, um dos poucos opositores que votou contra a iniciativa.
Nos tr�s primeiros saques, os trabalhadores chilenos sacaram um total de 50 bilh�es de d�lares, segundo a Superintend�ncia de Pens�es.
Com esses saques, cinco milh�es de pessoas, de um total de 11 milh�es de associados, ficaram sem fundos de pens�o nas administradoras criadas h� 40 anos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
SANTIAGO