As manifestantes caminharam pela tur�stica avenida Paseo de la Reforma em dire��o ao Z�calo, principal esplanada da capital, enquanto entoavam palavras de ordem por ocasi�o do Dia Global de A��o pelo Acesso ao Aborto Seguro e Legal.
"Abortar n�o � legal, estuprar, sim", dizia uma das faixas. "Tremam, machistas, a Am�rica Latina vai ser toda feminista!", gritavam v�rias mulheres, enquanto caminhavam escoltadas por centenas de policiais, com os quais tiveram algumas discuss�es.
Com slogans como "Senhor, senhora, n�o fique indiferente, mulheres s�o mortas na cara da gente", as manifestantes tamb�m denunciaram a viol�ncia de que s�o v�timas no M�xico, onde 672 feminic�dios foram registrados de janeiro a agosto, segundo dados oficiais.
Em 7 de setembro, a Suprema Corte declarou inconstitucional penalizar o aborto. A decis�o abriu as portas para mulheres de todo o pa�s terem acesso a esse procedimento por meio de um recurso de amparo.
O tribunal invalidou as leis estaduais que puniam o aborto com pris�o e que consagravam a prote��o da vida desde a concep��o, equiparando a interrup��o de uma gravidez a um assassinato.
Essas decis�es s�o consideradas hist�ricas, pois criam jurisprud�ncia e permitir�o �s mulheres, por meio de recursos judiciais, o acesso ao aborto seguro nos estados mexicanos onde o ato ainda � penalizado.
A interrup��o da gesta��o at� 12 semanas foi descriminalizada na Cidade do M�xico e nos estados de Oaxaca (sul), Veracruz (leste) e Hidalgo (centro).
Na Am�rica Latina, o aborto � legalizado em Uruguai, Cuba, Argentina e Guiana.
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