Esta � primeira visita de um chefe da diplomacia de Israel a este pa�s do Golfo.
Poucas horas depois da chegada de Lapid � capital Manama, um Airbus A320 da companhia nacional Gulf Air pousou em Tel Aviv procedente do Bahrein, o que representou o primeiro voo comercial direto entre os dois pa�ses.
O ministro israelense se reuniu com o rei Hamid Bin Isa al Khalifa, que publicou no Twitter uma foto do encontro descrevendo-o como "hist�rico".
Tamb�m conversou com o primeiro-ministro e pr�ncipe herdeiro Salm�n Bin Hamad al Khalifa e com seu hom�logo bareinita Abdullatif al-Zayani.
A visita serviu para assinar acordos de coopera��o em meio ambiente e esporte.
"Conversamos sobre a coopera��o entre nossos pa�ses e de transformar a paz oficial entre n�s em uma amizade ativa, econ�mica, de seguran�a, pol�tica e c�vica", tuitou Lapid.
"Sua visita � mais um passo para um avan�o j� conquistado (...) e mostra mais uma vez nosso desejo de promover a paz, a estabilidade e a coopera��o no Oriente M�dio", afirmou Zayani em coletiva de imprensa conjunta com seu hom�logo israelense.
Os dois l�deres compartilharam sua aposta na solu��o de dois Estados para acabar com o conflito hist�rico entre Israel e o povo palestino.
"Acho que � a solu��o certa para o povo israelense e para os palestinos. Mas nem todos pensam assim em nosso governo", confessou Lapid, enfatizando que essa � sua opini�o e n�o a do governo.
- "Provoca��o" -
A visita do ministro israelense gerou indigna��o entre muitos habitantes do Bahrein.
Manifestantes queimaram pneus na cidade para protestar contra a visita de Lapid. Uma parte importante da sociedade do Bahrein se op�e ao estabelecimento de rela��es com Israel e apoia a causa palestina.
A 'hashtag' "Bahrein contra o sionismo" se tornou popular nas redes sociais.
Os habitantes do pa�s se negam que "sua terra seja profanada por gangsteres sionistas", tuitou Ibrahim Sharif, ativista dos direitos humanos.
O partido xiita de oposi��o Al Wefaq considera a visita uma "provoca��o ao povo do Bahrein que se preocupa com a causa palestina".
A estrada que leva ao aeroporto recebeu um refor�o de seguran�a e nenhuma bandeira de Israel foi hasteada para a ocasi�o.
Em 15 de setembro de 2020, o Estado do Golfo assinou, ao mesmo tempo que os Emirados �rabes Unidos, um acordo de normaliza��o com Israel.
Os dois pa�ses se tornaram os primeiros Estados �rabes a reconhecer Israel ap�s o Egito, em 1979, e a Jord�nia, em 1994.
Os palestinos denunciaram uma "punhalada pelas costas" e acusaram Emirados e Bahrein de trair "o consenso �rabe", que h� d�cadas condiciona qualquer acordo com Israel a um acordo de paz pr�vio com os palestinos.
O governo americano do ex-presidente Donald Trump promoveu os chamados Acordos de Abra�o, em troca de diversas concess�es econ�micas ou pol�ticas aos pa�ses �rabes em quest�o.
Esta campanha diplom�tica tamb�m levou a acordos similares com Marrocos e Sud�o.
Em 29 de junho, Lapid inaugurou nos Emirados a primeira embaixada de Israel no Golfo durante uma visita oficial sem precedentes. Ele viajou ao Marrocos em 11 de agosto para assinar acordos de coopera��o.
Pr�xima dos Emirados e Bahrein, a Ar�bia Saudita, maior pot�ncia econ�mica do mundo �rabe, se nega a normalizar os v�nculos com Israel e insiste na necessidade de resolver primeiro a situa��o dos palestinos.
Riad negou as informa��es divulgadas pela imprensa israelense sobre um encontro entre o ex-primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o pr�ncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman.
MANAMA