Bol�via diz � UE que investiga 'ruptura da ordem constitucional' em 2019

O governo boliviano disse � Uni�o Europeia (UE) nesta quinta-feira que uma investiga��o em andamento ir� determinar as responsabilidades locais e internacionais pelo que descreve como "ruptura da ordem constitucional" em 2019, depois que Bruxelas negou participa��o nos fatos.

A chancelaria boliviana assinalou que "esses fatos se encontram em processo de investiga��o pelas autoridades competentes, o que permitir� identificar o grau de responsabilidade dos atores nacionais e internacionais que tenham participado".

A UE declarou em Bruxelas que rejeita "firmemente" a acusa��o feita pelo presidente Luis Arce contra o ex-embaixador do bloco na Bol�via Le�n de la Torre, de ter participado de um golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales (2006-2019) em 2019.

Arce, seu governo e seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), afirmam que houve naquele ano uma ruptura constitucional protagonizada por militares, policiais e pol�ticos de direita. O golpe - segundo o governismo - contou com o apoio da UE, da Organiza��o de Estados Americanos (OEA), da Igreja Cat�lica e dos governos do argentino Mauricio Macri e do equatoriano Lenin Moreno.

A viol�ncia policial daqueles dias terminou com 37 mortos, segundo uma investiga��o da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O grupo de investiga��o da CIDH concluiu que for�as militares e policiais cometeram massacres contra civis, incluindo "execu��es sum�rias".

A ex-presidente de direita Jeanine ��ez, sucessora de Morales (2019-2020), est� presa por esses fatos h� mais de seis meses. O Supremo Tribunal de Justi�a enviou ao Parlamento uma acusa��o contra ela por genoc�dio.