(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SAN ANTONIO DEL T�CHIRA

Fronteira colombo-venezuelana restrita ap�s an�ncio de 'abertura comercial'


05/10/2021 20:51

Arrastando carro�as cheias de caixas ou com uma mala nos ombros, venezuelanos cruzavam nesta ter�a-feira (5) a fronteira com a Col�mbia por vias clandestinas: a "abertura comercial" da passagem binacional, decretada por Caracas, ainda n�o se concretizou.

A remo��o dos cont�ineres que desde 2019 bloqueavam as pontes que ligam os dois pa�ses pelo estado de T�chira (oeste) deu esperan�as aos moradores das cidades fronteiri�as, muitos puderam cruzar de um lado a outro como n�o faziam havia muito tempo.

Mas nesta ter�a, tudo estava como antes. O acesso para a ponte estava restrito exceto para estudantes e pessoas que atravessam por raz�es m�dicas.

E os atalhos irregulares que cruzam o rio eram a �nica op��o para muitos.

As autoridades venezuelanas s� permitem a travessia para a Col�mbia de "estudantes e gente que o faz por raz�es m�dicas, de resto, nada", explicou � AFP Marcos Tapia, comerciante venezuelano de 54 anos, que cruzou a Ponte Internacional Sim�n Bol�var, que liga as cidades fronteiri�as de San Antonio del T�chira (Venezuela) e C�cuta (Col�mbia), para ir a uma consulta m�dica.

O mesmo valeu para Alberto Dur�n, um comerciante de 35 anos, que conseguiu atravessar porque tinha agendada a vacina��o contra a covid-19.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodr�guez, anunciou na segunda-feira a "abertura comercial" da fronteira do pa�s com a Col�mbia, dois anos depois da crise pol�tica e diplom�tica provocada por uma frustrada tentativa da oposi��o de fazer entrar ajuda humanit�ria.

O tr�nsito habitual j� estava restrito desde 2015 por decis�o de Maduro, que denunciou na ocasi�o uma "emboscada" contra militares venezuelanos. A partir daquele momento, s� se permitiu a passagem para pedestres, mas em fevereiro de 2019, o bloqueio se aprofundou com a coloca��o de cont�ineres em pontes que ligam os dois pa�ses.

A Col�mbia apoia a reabertura, mas disse que antes faria uma avalia��o das estruturas das pontes.

A Venezuela e a Col�mbia - que compartilham uma porosa fronteira de mais de 2.000 km - n�o tem rela��es diplom�ticas desde 2019, quando Bogot� reconheceu, juntamente com outra meia centena de pa�ses, o l�der opositor Juan Guaid� como presidente interino da Venezuela.

- "Pura mentira" -

Do lado colombiano, Luz Jaimes tentou sem sucesso cruzar para a Venezuela pela manh� para confirmar que a passagem estava aberta. "� pura mentira", queixou-se a advogada de 49 anos, depois que as autoridades da Col�mbia - que reabriu sua fronteira unilateralmente em junho - lhe permitissem a travessia.

Ao seu redor, v�rias crian�as com uniformes escolares tamb�m atravessavam para a Col�mbia por um corredor de cercas met�licas. O tr�nsito de ve�culos n�o foi restabelecido.

No domingo � esperado o "primeiro interc�mbio comercial de exporta��o e importa��o de produtos", antecipou � AFP Gregorio Ben�tez, diretor da C�mara de Ind�stria e Com�rcio da cidade fronteiri�a de Ure�a.

As autoridades n�o se pronunciaram a respeito.

Enquanto a passagem n�o se normaliza, o neg�cio nos atalhos, por onde diariamente moradores dos dois pa�ses desafiam o bloqueio cruzando a p�, continuava pr�spero.

Com tarifas flutuantes, passar por um atalho pode custar uns 35.000 pesos - pouco mais de 9 d�lares - se o viajante tiver bagagem, quase quatro vezes o sal�rio m�nimo na Venezuela, que beira os 2,5 d�lares mensais.

"Est�o cobrando muito, muito caro. Para mim, 1.000 pesos", lamenta � AFP Mary Camero, dona-de-casa de 59 anos, que cruzava a Ponte Francisco de Paula Santander para sua cidade natal de Ure�a, no estado de T�chira, ap�s se vacinar em C�cuta.

Dezenas continuam cruzando e levando mercadorias por passagens irregulares, constatou a AFP nesta ter�a-feira.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)