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Estado de Minas MALM�

F�rum antissemitismo na Su�cia pede combate ao �dio na internet


13/10/2021 16:21 - atualizado 13/10/2021 16:26

Os apelos para combater o �dio na internet se difundiram nesta quarta-feira (13) em um f�rum internacional contra o antissemitismo em Malm�, na Su�cia, na qual os gigantes da rede prometeram lutar contra os insultos e amea�as contra os judeus nas redes sociais.

"Devemos fazer mais", principalmente na internet, disse o primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan L�fven, que fez da luta contra o �dio antissemita seu �ltimo combate na cena internacional. "Temos necessidade de uma nova atmosfera nas redes sociais", acrescentou.

A cidade sueca recebeu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, representantes da ONU e de 40 pa�ses, convidados pelo primeiro-ministro sueco. Al�m disso, v�rios l�deres mundiais estrangeiros intervieram por v�deo.

Malm�, uma cidade multicultural no sul do pa�s, tenta conter uma onda de antissemitismo que surgiu no in�cio dos anos 2000.

"N�o podemos apenas lembrar, devemos falar abertamente e lutar pela humanidade", declarou o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, em um v�deo.

"Lembrar o Holocausto, lutar contra o antissemitismo n�o s�o atividades passivas. Elas exigem um compromisso", declarou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Anthony Blinken, tamb�m em v�deo.

Na semana passada, a Uni�o Europeia apresentou sua primeira estrat�gia de combate ao antissemitismo diante de um "aumento preocupante" dessas atitudes e nela dedica um cap�tulo importante ao �dio na internet.

"Recordar n�o basta. Os �ltimos sobreviventes da Shoah est�o nos deixando, mas o antissemitismo perdura. Est� de novo em alta. Por isso que devemos fazer algo mais que recordar. Devemos agir", afirmou Charles Michel.

- "Vamos usar g�s nela" -

De acordo com a ag�ncia de direitos fundamentais da Uni�o Europeia, nove em cada dez judeus consideram que o �dio contra eles aumentou em seus pa�ses e 38% consideraram emigrar porque n�o se sentem mais seguros.

Por sua vez, Ronald Lauder, presidente do Congresso Mundial Judaico, afirmou na tribuna que "o que [os jovens] aprenderam, aprenderam na internet, nas redes sociais. O que veem hoje nas redes sociais � �dio".

De acordo com uma an�lise publicada na quarta-feira pela associa��o brit�nica Hope not Hate, a alem� Amadeu Antonio Foundation e o grupo sueco Expo Foundation, plataformas como Instagram e TikTok est�o sendo usadas para espalhar conte�do antissemita entre seus usu�rios, em sua maioria jovens.

As declara��es antissemitas "se propagam em todas as redes sociais", apesar dos esfor�os para combat�-lo, alerta o estudo, segundo o qual os discursos mais extremos s�o encontrados em plataformas especializadas como Parler e 4chan, embora outras maiores e generalistas, como Instagram e TikTok sejam usadas para introduzir teorias da conspira��o antissemitas na popula��o mais jovem.

No Instagram, onde 70% dos usu�rios t�m entre entre 13 e 34 anos, s�o encontradas "milh�es" de hashtags vinculados ao antissemitismo.

No TikTok, com usu�rios mais jovens - 69% t�m entre 16 e 24 anos - tr�s hashtags vinculadas ao antissemitismo foram vistas mais de 25 milh�es de vezes em seis meses.

"Uma nova gera��o de usu�rios das redes sociais t�m tido contato com ideias antissemitas, �s quais n�o teria sido exposta de outra forma", destaca Joe Mulhall, encarregado do Hope Not Hate.

O informe destaca que muitas plataformas fracassaram em encontrar uma solu��o para este problema, apesar de dispor dos meios para agir.

A este respeito, Johanna Gosenius, uma jovem de 18 anos da Su�cia, explicou � AFP que foi v�tima de cyberbullying.

"H� uma conta no Instagram onde os jovens da minha cidade postam muitas coisas antissemitas, mas tamb�m coisas dirigidas contra mim em um site chamado Ask e que podem ser feitas publica��es an�nimas", disse.

Como o gigante americano Google, que anunciou que vai destinar 5 milh�es de euros (5,7 milh�es de d�lares) � luta contra o antissemitismo online, outros nomes da rede explicaram os esfor�os que fazem nesta �rea.

"Estamos constantemente lan�ando novas tecnologias para fazer frente a essa amea�a crescente", disse o chefe do YouTube para a Europa, Pedro Pina, � AFP. "Com o tempo, os criminosos se tornam mais h�beis em usar a plataforma e abusar de nossas pol�ticas (...) e encontram novas maneiras de se infiltrar".

Somente no segundo trimestre de 2021, a plataforma removeu 6,2 milh�es de v�deos ofensivos.

Na Su�cia, as den�ncias por crimes de �dio a judeus aumentaram mais de 50% entre 2016 e 2018, passando de 182 a 278, e representam 6% das den�ncias por racismo do pa�s, segundo as estat�sticas oficiais.

Em Malm�, embora a situa��o pare�a estar melhorando, v�rios moradores de confiss�o judaica explicaram � AFP que foram insultados por causa de sua religi�o.

"Alguns fazem a sauda��o nazista quando veem minha estrela de David, ou riem porque sou judia", afirmou Mira Kelber, moradora de Malm�.

"Uma vez, uma garota me disse: 'Ela � judia. Vamos usar g�s nela!'", acrescentou a jovem de 21 anos, filha de um sobrevivente do Holocausto.

Stefan L�fven, que deixar� o cargo em novembro, fez da luta contra o antissemitismo uma de suas �ltimas batalhas e prometeu proteger melhor os 15.000-20.000 judeus suecos.


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