(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BEIRUTE

Tens�o extrema no L�bano ap�s confrontos violentos em Beirute


15/10/2021 12:14 - atualizado 15/10/2021 12:16

O L�bano enterrou nesta sexta-feira (15), em um ambiente tenso, as v�timas dos confrontos de quinta-feira (14), os mais violentos em muitos anos e que abalaram o centro de Beirute, provocando o temor de uma guerra civil.

Seis das sete v�timas fatais pertenciam aos dois partidos xiitas, o Hezbollah pr�-Ir� e seu aliado, o movimento Amal, que organizaram na quinta-feira um protesto diante do Pal�cio de Justi�a de Beirute para exigir a substitui��o do juiz respons�vel pela investiga��o sobre a explos�o no porto da capital, no ano passado, que deixou mais de 200 mortos.

Hezbollah e Amal exigem a destitui��o do juiz Tareq Bitar. Apesar das press�es, o magistrado quer processar v�rios funcion�rios.

Mas os funcion�rios se recusam a serem interrogados, apesar de as autoridades terem reconhecido que as enormes quantidades de nitrato de am�nio que explodiram foram armazenadas por anos sem precau��o.

Nesta sexta-feira, em um discurso pronunciado durante o funeral de dois membros do Hezbollah nos sub�rbios do sul de Beirute, Hasehm Safieddine, um alto funcion�rio do Hezbollah, acusou o partido crist�o For�as Libanesas de ter "provocado deliberadamente um massacre", com o objetivo de desencadear "uma nova guerra civil".

- "Como em 1975" -

Centenas de pessoas compareceram aos funerais de dois membros do Hezbollah, cujos caix�es estavam cobertos por uma bandeira amarela do grupo e levados por combatentes em uniformes. Um terceiro membro do Hezbollah foi enterrado no norte de Beirute.

O movimento Amal enterrou tr�s de seus membros, entre eles um jovem de 26 anos, em um funeral realizado em uma cidade libanesa, entre muitos tiros.

A s�tima v�tima � uma m�e de cinco filhos que morreu ao ser atingida por uma bala perdida quando estava em sua pr�pria casa.

As duas forma��es xiitas acusam o partido For�as Libanesas de ter posicionado franco-atiradores nos telhados de edif�cios pr�ximos ao Pal�cio de Justi�a. Tamb�m afirma que estes abriram fogo contra seus militantes, que se aproximavam dos bairros crist�os vizinhos.

As For�as Libanesas negaram as acusa��es, exigiram uma investiga��o oficial e acusaram o Hezbollah de "invas�o" aos bairros crist�os.

O jornal Al Akhbar, pr�ximo ao Hezbollah, publicou na primeira p�gina de sua edi��o desta sexta-feira uma imagem do l�der do partido crist�o, Samir Geagea, com um uniforme nazista e um bigode similar ao de Hitler, acompanhado da frase: "N�o h� d�vida".

A tens�o � palp�vel nesta sexta-feira, dia de luto nacional, apesar da presen�a do ex�rcito liban�s nos bairros dos confrontos.

Os donos de neg�cios e os moradores inspecionavam os danos e coletavam os vidros quebrados. "Voltamos para 1975", lamenta Fawzi Saghir, um vendedor de carros em Tayoun�.

Na quinta-feira, centenas de milicianos do Amal e do Hezbollah seguiram at� as ruas desse bairro, perto do Pal�cio de Justi�a, nos arredores da antiga linha de demarca��o durante a guerra civil (1975-1990) entre os bairros mu�ulmanos e crist�os de Beirute.

As circunst�ncias exatas dos confrontos continuam confusas. O ex�rcito menciona "tiroteios quando os manifestantes seguiam para um protesto diante do Pal�cio de Justi�a". O ministro do Interior, Bassam Mawlawi, afirmou que "franco-atiradores" abriram fogo contra os manifestantes.

Os tiros aterrorizaram os libaneses e muitos recordaram a guerra civil que acreditavam ter ficado definitivamente no passado.

- "Mostrar modera��o" -

A R�ssia pediu "modera��o" �s for�as pol�ticas no L�bano. A Fran�a tamb�m pediu calma e o governo dos Estados Unidos expressou apoio "� independ�ncia do Poder Judici�rio" no L�bano.

O porta-voz da ONU, St�phane Dujarric, fez um apelo e pediu o "fim dos atos de provoca��o". Tamb�m defendeu uma "investiga��o imparcial" da explos�o do porto.

A manifesta��o ocorreu depois que a Justi�a rejeitou os recursos apresentados pelos deputados e ex-ministros contra Bitar, o que permitiu retomar a investiga��o.

O tema est� prestes a provocar a implos�o do rec�m-formado governo liban�s, ap�s um ano de bloqueio pol�tico. Na ter�a-feira, ministros de partidos xiitas pediram a substitui��o do juiz e o governo n�o voltou a se reunir desde ent�o. Enquanto Amal e Hezbollah exigem que o governo se pronuncie a respeito, os demais integrantes do gabinete defendem a separa��o de poderes.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)