
LEIA TAMB�M: Brasileiros v�o precisar de visto para entrar no M�xico
Por meio de sua conta no Twitter, o subsecret�rio de imprensa da Casa Branca, Kevin Mu�oz, fez o an�ncio. "A nova pol�tica de viagens dos EUA que exige vacina��o para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos come�ar� em 8 de novembro. Este an�ncio e data se aplicam a viagens a�reas internacionais e terrestres. Essa pol�tica � pautada pela sa�de p�blica, rigorosa e consistente", afirma a publica��o.
The US' new travel policy that requires vaccination for foreign national travelers to the United States will begin on Nov 8. This announcement and date applies to both international air travel and land travel. This policy is guided by public health, stringent, and consistent. https://t.co/uaDiVrjtqi
%u2014 Kevin Munoz (@KMunoz46) October 15, 2021
Em mar�o de 2020, a Casa Branca fechou as fronteiras aos viajantes procedentes da Uni�o Europeia, Reino Unido e China, e mais tarde adicionou � lista �ndia e Brasil. Tamb�m proibiu a entrada por terra ou balsa a partir do M�xico e Canad�.
As restri��es afetaram milh�es de pessoas e contribu�ram para sofrimento pessoal e econ�mico provocado pela pandemia. As ag�ncias de viagem sofreram com a medida e se viram obrigadas a encontrar outras alternativas ou ficar sem vender pacotes com destino aos EUA.
Para Paulo Eduardo Camargo, dono da ag�ncia Ello Turismo e Viagens, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, uma das sa�das foi vender pacotes com op��o de quarentena em outros pa�ses, que n�o tinham restri��o de entrada nos EUA.
"As vendas estavam sendo, at� ent�o, com a quarentena de 14 noites no M�xico ou Costa Rica. Todos que queriam ir, precisavam ter a disponibilidade de tempo", diz.
"As vendas estavam sendo, at� ent�o, com a quarentena de 14 noites no M�xico ou Costa Rica. Todos que queriam ir, precisavam ter a disponibilidade de tempo", diz.

Mas nem sempre os interessados em ir tinham possibilidade de ficar 14 noites em quarentena e s� depois iniciar o passeio nos EUA.
"Houve uma boa procura por esses pacotes, mas a falta de tempo para ficar parado em outro pa�s at� poder entrar nos Estados Unidos � que impactou nas vendas. Da disponibilidade que a pessoa tinha, era preciso investir 14 noites num local que n�o era de seu interesse. Muitos s� tinham 10 ou 12 dias, ent�o ficava invi�vel".
"Houve uma boa procura por esses pacotes, mas a falta de tempo para ficar parado em outro pa�s at� poder entrar nos Estados Unidos � que impactou nas vendas. Da disponibilidade que a pessoa tinha, era preciso investir 14 noites num local que n�o era de seu interesse. Muitos s� tinham 10 ou 12 dias, ent�o ficava invi�vel".
Com a reabertura das fronteiras, Paulo est� ansioso para a volta da normalidade nas viagens e acredita que o pre�o das passagens far� diferen�a nos pacotes. "Acho que as tarifas a�reas v�o chegar com bastante apelo para motivar as pessoas e pacotes promocionais com bons pre�os v�o aparecer".
Al�m dos valores atrativos, ele acredita que outro ponto ser� motivador para esquentar as viagens. "A grande motiva��o deve ser o tempo que essas pessoas n�o conseguiram sair de casa, acho que essa vontade reprimida ser� o grande incentivador. Mas todo mundo ainda est� com muita cautela, aguardando a fronteira realmente abrir, para conseguir viajar".
Como vai funcionar?
Segundo a Agence France-Presse (AFP), os detalhes t�cnicos e pr�ticos da nova pol�tica, como quais ser�o os requisitos para as crian�as pequenas, ainda n�o foram divulgados. Entretanto, h� algumas orienta��es. Veja:
- Viajantes de avi�o: as companhias a�reas dever�o estabelecer um sistema de rastreamento de contatos e exigir um teste RT-PCR de at� tr�s dias antes da partida. Al�m do comprovante de vacina��o.
- Viajantes terrestre ou mar�timos: poder�o atravessar a fronteira do Canad� ou M�xico as pessoas que viajam por motivos considerados "n�o essenciais", como familiares ou tur�sticos, desde que estejam vacinadas.
Ainda de acordo com a AFP, pessoas que entram no pa�s por motivos "essenciais", como os caminhoneiros, por exemplo, estar�o isentas da vacina��o. Mas a partir de janeiro, a obriga��o da vacina contra a COVID-19 ser� aplicada a todos os visitantes que atravessarem as fronteiras terrestres, independentemente do motivo de entrada.
Quais vacinas podem entrar?
At� ent�o, o CDC (Centros de Controle e Preven��o de Doen�as dos Estados Unidos, �rg�o semelhante � Anvisa) considerava vacinadas contra a COVID-19 pessoas que tomaram as vacinas aprovadas para uso emergencial no pa�s: da Pfizer, da Moderna e da Janssen.
Entretanto, no in�cio do m�s, as autoridades sanit�rias disseram que todas as vacinas aprovadas pela ag�ncia de medicamentos do pa�s, a FDA, e a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) seriam aceitas para a entrada por via a�rea. At� o momento, isso inclui as vacinas da AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson (Janssen), Moderna, Sinopharm e Sinovac.
No Brasil, est�o sendo aplicadas as vacinadas da AstraZeneca, Pfizer, Janssen e CoronaVac, desenvolvida pelo laborat�rio Sinovac.
Na expectativa
Segundo o agente de viagens Paulo Camargo, mesmo com as restri��es impostas pelos EUA, muitas pessoas j� estavam com passagens compradas. "J� tem gente com passagem emitida, mesmo quando n�o tinham datas para reabertura, inclusive, neste momento, estou cuidando de uma fam�lia que far� a viagem".
Uma das turistas que se arriscou na compra foi a fisioterapeuta Tanya Helena Mader, de 46 anos. Segundo ela, o filho mais velho tem cidadania americana e foi morar na Calif�rnia em agosto deste ano, mas o 'cora��o de m�e' avisou sobre a saudade.
"Em setembro, eu j� estava imaginando que ia ficar com muitas saudades dele e j� fui olhando as passagens. Mesmo as fronteiras n�o estando abertas, comprei com f� que iria dar certo", diz Tanya.
"Em setembro, eu j� estava imaginando que ia ficar com muitas saudades dele e j� fui olhando as passagens. Mesmo as fronteiras n�o estando abertas, comprei com f� que iria dar certo", diz Tanya.
"Como trabalho em hospital, vi que as coisas come�aram a dar uma controlada aqui e imaginei que logo fosse dar certo nos Estados Unidos tamb�m. Comprei bem na f�, a passagem estava barata e fui pelo pre�o. Meu namorado e meu filho mais novo tamb�m v�o e eles estavam mais preocupados, mas eu j� estava pensando que iria dar certo".
A viagem est� programada para dezembro e Tanya ficou surpresa em saber a data anunciada pelo governo americano nesta sexta. "N�o sabia dessa not�cia, que coisa boa! J� estava na expectativa, agora fiquei mais animada para curtir um tempo com a fam�lia. Meu filho deve estar bem empolgado".
Segundo Rodrigo Machado, consultor de viagens da Ibiza Turismo e Viagens, localizada no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul de BH, sem a venda de pacotes para os Estados Unidos, alguns destinos nacionais e europeus balancearam a parte financeira da ag�ncia.
"A gente estava perdendo, apesar de que muita gente come�ou a procurar pacotes para Europa e outros destinos nacionais. Isso ajudou bastante. De certa forma, foi balanceando".
"A gente estava perdendo, apesar de que muita gente come�ou a procurar pacotes para Europa e outros destinos nacionais. Isso ajudou bastante. De certa forma, foi balanceando".
Apesar dos "novos" destinos que viraram atrativos na pandemia, o retorno do turismo aos Estados Unidos empolga o agente de viagem.
"Estamos animados, tem uma turma que � destinada a ir aos EUA, principalmente aqueles que gostam muito de ir para Orlando em janeiro. Geralmente s�o fam�lias com crian�as e adolescentes. Outros locais procurados s�o Nova York e a costa oeste, como Los Angeles e S�o Francisco", finaliza Rodrigo.
"Estamos animados, tem uma turma que � destinada a ir aos EUA, principalmente aqueles que gostam muito de ir para Orlando em janeiro. Geralmente s�o fam�lias com crian�as e adolescentes. Outros locais procurados s�o Nova York e a costa oeste, como Los Angeles e S�o Francisco", finaliza Rodrigo.
*Estagi�ria sob supervis�o do editor �lvaro Duarte