(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PARIS

O concreto: terceiro maior emissor mundial de gases de efeito estufa


19/10/2021 05:57

Se todo o concreto usado no mundo fosse considerado como um pa�s que emite gases de efeito estufa, seria o terceiro mais poluente, atr�s apenas da China e dos Estados Unidos.

- Concreto e cimento: o pior balan�o de carbono do setor industrial?

O cimento � o material mais consumido no mundo, cerca de 150 toneladas por segundo: 14 bilh�es de metros c�bicos de concreto s�o utilizados a cada ano, segundo a Global Cement and Concrete Association (GCCA), que re�ne os principais atores do setor (a su��a Holcim, a mexicana Ceme, a chinesa CNBM, entre outras). A constru��o representa 13% do PIB mundial.

A produ��o de cimento, elemento-chave da mistura de concreto, gera cerca de 7% das emiss�es globais de di�xido de carbono (CO2), segundo a GCCA, tr�s vezes mais do que o tr�fego a�reo.

"� mais do que as emiss�es da Uni�o Europeia ou da �ndia, atr�s das emiss�es da China e dos Estados Unidos", comentou � AFP Valerie Masson-Delmotte, paleoclimatologista e co-presidente de um grupo de especialistas em clima da ONU. Algo que n�o parece que ir� mudar, visto o aumento da urbaniza��o na �sia e na �frica.

- Como o cimento produz CO2?

O cimento, a "cola" dos gr�nulos e da areia que comp�em o concreto, � constitu�do principalmente por cl�nquer, produto obtido pela calcina��o de calc�rio e argila em um forno a 1.400 graus Celsius. Quando queimado, o calc�rio libera di�xido de carbono. Produzir uma tonelada de cimento libera quase uma tonelada de CO2.

Essa importante rea��o qu�mica, que quase n�o mudou desde que a f�rmula atual do cimento foi inventada, h� duzentos anos, responde por 70% das emiss�es da ind�stria. Os 30% restantes s�o provenientes do consumo de energia dos fornos na queima do calc�rio.

- Como descarbonizar a constru��o?

A ind�stria global do concreto, que anunciou no ano passado a meta de atingir a neutralidade de carbono at� 2050, explicou recentemente como reduziria suas emiss�es em 25% at� 2030, evitando a libera��o de 5 bilh�es de toneladas de CO2 nesse per�odo.

O setor est� confiante de que as novas tecnologias de sequestro de carbono permitir�o avan�ar em suas metas de redu��o de emiss�es at� 2050.

Tamb�m tem o compromisso de aumentar a reciclagem e o reaproveitamento do concreto.

Outras pistas passam pela convers�o do concreto em um produto "verde": substituindo os combust�veis f�sseis dos fornos de cimento por res�duos e biomassa (farinhas animais, madeira reaproveitada...).

Em termos de captura e armazenamento de carbono, esta ind�stria planeja instalar "at� 2030, 10 estruturas de tamanho industrial para capturar carbono".

Grandes empresas como a chinesa CNBM (China National Building Material Company) prometeram "desempenhar um papel" na descarboniza��o da ind�stria.

Empresas emergentes tamb�m querem participar deste projeto: a americana Solidia se prop�e a capturar o CO2 e reinjet�-lo no concreto. No Canad�, a CarbonCure j� est� trabalhando na inje��o de CO2 liquefeito.

Mas, acima de tudo, a ind�stria est� comprometida com a comercializa��o de novos cimentos "verdes" que substituam o cl�nquer por materiais reutilizados.

A GCCA observa que, no Reino Unido, a taxa de reutiliza��o � de 26%. A Fran�a adotou um novo padr�o para cimentos de baixo carbono em maio.

- O que � cimento verde? E o cimento de baixa emiss�o?

Neste momento, estes tipos de produtos est�o nas m�os de empresas emergentes, visto que as tradicionais cimenteiras est�o atrasadas na moderniza��o dos seus instrumentos de produ��o, com investimentos mais importantes nas pedreiras.

Uma das empresas que mais progrediu � a francesa Hoffmann Green Cement, que fabrica cimento sem cl�nquer com base em res�duos industriais, como esc�ria de alto forno, cinza volante de biomassa ou res�duos de argila.

E embora os custos adicionais de constru��o cheguem a 25 euros (quase 30 d�lares) por metro quadrado, esta empresa francesa n�o para de receber encomendas.

"A ind�stria de cimento planeja reduzir suas emiss�es em 2050, mas com nossas propostas, isso pode ser feito hoje", explica o fundador da Hoffmann Green Cement, Julien Blanchard, � AFP.

O desafio � grande: "Tr�s em cada quatro infraestruturas que veremos em 2050 ainda n�o foram constru�das", alerta o secret�rio-geral das Na��es Unidas, Antonio Guterres.

CEMEX

LAFARGEHOLCIM

Hoffmann Green Cement Technologies


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)