"Portugal se inclina diante de sua personalidade moral", declarou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em uma cerim�nia na presen�a das principais autoridades do Estado, assim como de descendentes do diplomata e das pessoas que ele ajudou a salvar.
Uma placa comemorativa em recorda��o ao ex-c�nsul foi inaugurada no interior do monumento, que fica no centro de Lisboa, um gesto simb�lico, pois os restos mortais permanecer�o na cripta da fam�lia em Cabanas do Viriato, regi�o central do pa�s, por desejo da fam�lia.
Aristides Sousa Mendes, enviado a Bordeaux em 1940, rejeitou as ordens do ditador Antonio Oliveira Salazar, que havia proibido os c�nsules de entregar vistos a "estrangeiros de nacionalidade indefinida, aos ap�tridas e aos judeus".
Em nove dias, ele concedeu os vistos a todos os refugiados que solicitaram, sem estabelecer diferen�as entre nacionalidades ou religi�es. Com este gesto, Mendes salvou mais de 30.000 pessoas, incluindo 10.000 judeus.
Comparado com frequ�ncia ao alem�o Oskar Schindler, que salvou centenas de judeus da deporta��o, Sousa Mendes foi designado em 1966 como "Justo entre as Na��es" pelo Memorial do Holocausto em Jerusal�m, uma institui��o que recorda o genoc�dio do povo judaico durante a Segunda Guerra Mundial.
Sousa Mendes, que caiu em desgra�a em seu pa�s, foi destitu�do de suas fun��es ap�s um julgamento do regime de Salazar e viveu na mis�ria at� sua morte, em um hospital de Lisboa em 1954, com 69 anos.
As autoridades portuguesas deram um primeiro passo para sua reabilita��o ao condecor�-lo com a Cruz do M�rito em 1986. Mais tarde, ele foi reincorporado � carreira diplom�tica a t�tulo p�stumo.
LISBOA