Essa foi "essencialmente a resposta brutal de um governo que concentra todo o poder h� d�cadas (...) e que foi surpreendido por manifesta��es espont�neas", declarou nesta ter�a-feira o diretor para as Am�ricas da HRW, Jos� Miguel Vivanco, durante a apresenta��o em Miami do �ltimo relat�rio da organiza��o.
As autoridades prenderam mais de 1.000 pessoas durante a onda repressiva. Deste total, mais de 500 continuam atr�s das grades, e muitas outras, em pris�o domiciliar, disse a HRW, citando a ONG cubana Cubalex.
"Manifestantes pac�ficos e outros cr�ticos foram sistematicamente detidos, mantidos incomunic�veis, submetidos a abusos em condi��es carcer�rias nefastas e julgados em processos que s�o uma verdadeira farsa", denunciou um dos autores do relat�rio da HRW, Juan Pappier.
"Isso obedece a uma pol�tica de Estado para cortar pela raiz qualquer tentativa do povo cubano de exercer seu direito ao protesto pac�fico", afirmou Vivanco.
Os autores do relat�rio documentaram em detalhe as viola��es dos direitos humanos contra 130 pessoas em 13 das 15 prov�ncias cubanas, assim como na Ilha da Juventude, um munic�pio especial.
Entre julho e outubro, a HRW entrevistou mais de 150 pessoas, incluindo ativistas, v�timas, familiares e advogados com conhecimento direto dos casos. A organiza��o tamb�m consultou documentos judiciais e corroborou v�rios v�deos e fotos.
Em 11 de julho, milhares de cidad�os sa�ram �s ruas de cerca de 50 cidades de Cuba aos gritos de "estamos com fome" e "liberdade". Sem precedentes desde a Revolu��o de 1959, estes protestos deixaram pelo menos um morto e dezenas de feridos.
A oposi��o planeja voltar �s ruas em 15 de novembro, apesar da proibi��o das autoridades da ilha.
MIAMI