"O Chile � um pa�s extremamente desigual que precisa de mais justi�a social e fiscal e que tem na nova Constitui��o uma grande oportunidade", afirmou o acad�mico em uma coletiva virtual com seis dos 155 constituintes que em 4 de julho iniciaram a tarefa de elaborar uma nova Constitui��o para substituir a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
O economista, amplamente citado por l�deres pol�ticos de esquerda que ganharam apoio ap�s a crise social vivida pelo pa�s sul-americano desde outubro de 2019, recomendou uma "tributa��o progressiva que dependa do n�vel da renda".
Embora nos �ltimos 10 anos a desigualdade no Chile tenha diminu�do, "ainda � (um pa�s) altamente desigual", afirmou, acrescentando que "60% da renda est� concentrada em 10% da popula��o".
"S�o dias muito especiais, reescrever a Constitui��o e fazer isso dessa forma democr�tica em um ambiente de paz n�o costuma acontecer na hist�ria", celebrou Piketty, durante o encontro organizado pela funda��o Friedrich-Ebert-Stifung.
O autor do livro de sucesso "O capital no s�culo XXI" afirmou que "� muito importante que a Constitui��o mostre uma no��o de tributa��o ou de justi�a fiscal e dos direitos de propriedade, de tal forma que conceda �s assembleias legislativas a capacidade de definirem o n�vel da tributa��o progressiva, e tamb�m que no regime de propriedade se respeitem os direitos respectivos dos donos das propriedades".
SANTIAGO