Desde o golpe, a repress�o aos protestos deixou mais de 1.100 mortos, de acordo com uma ONG local.
O relator da ONU para os direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, acusou na sexta-feira a junta de "concentrar dezenas de milhares de tropas e armas pesadas" no norte do pa�s e afirmou temer "ainda mais crimes atrozes".
"Essas t�ticas s�o uma sinistra reminisc�ncia daquelas usadas pelas for�as armadas antes de seus ataques genocidas contra Rohingya, no estado de Rakhine, em 2016 e 2017", disse.
A junta criticou o relat�rio e acusou a ONU de utilizar os direitos humanos "como uma ferramenta pol�tica para interferir nos assuntos internos de Mianmar".
As informa��es "podem apenas criar mais divis�es dentro da na��o e constituem uma incita��o � viol�ncia interna", respondeu neste domingo o regime militar em um comunicado do minist�rio das Rela��es Exteriores.
Mais de 70 militares e 93 policiais morreram desde o in�cio dos dist�rbios em fevereiro, informou o conselho neste domingo. Analistas, por�m, acreditam que o ex�rcito minimiza suas perdas.
Quase nove meses depois de tomar o poder, e incapazes de acabar com a oposi��o a seu regime, os militares est�o sob press�o internacional cada vez mais forte para que negociem com os opositores.
Na semana passada, a Associa��o de Na��es do Sudeste Asi�tico (ASEAN) decidiu retirar o comandante da junta, Min Aung Hlaing, da pr�xima reuni�o do bloco, que tem 10 pa�ses, por suas d�vidas a respeito do compromisso para acabar com a violenta crise em seu pa�s.
A ASEAN solicitou a presen�a de um "representante n�o pol�tico" na reuni�o, que acontecer� de 26 a 28 de outubro. A junta militar afirmou que ser� algo "dif�cil de cumprir".
YANGON