Quando a Flexport soube no m�s passado que um transportador mar�timo planejava transferir cargas das opera��es paradas no porto de Los Angeles para o pequeno Port Hueneme, cerca de 80 milhas (aproximadamente 128,7 quil�metros) acima na costa da Calif�rnia, o despachante descobriu que as empresas de transporte n�o estavam prontas para acompanhar a mudan�a de dire��o das importa��es.
Ainda assim a empresa retirou 200 cont�ineres das reservas mar�timas, direcionando muitos para Los Angeles, apesar de provavelmente haver uma espera mais longa para descarregar as mercadorias. "O atraso de duas semanas entre a chegada a Los Angeles e a rota Hueneme causaria menos dor de cabe�a para os clientes", disse Jason Parker, chefe de transporte da Flexport.
Isso porque apesar de portos menores n�o terem dezenas de navios enfileirados esperando por espa�o de atraca��o, a maioria n�o tem trabalhadores portu�rios suficientes para descarregar a carga, um suprimento constante de caminhoneiros ou espa�o de armazenamento para lidar com um grande salto no volume de carga, como explica Anthony Hatch, analista de transporte ferrovi�rio e diretor da ABH Consulting.
A escolha da Flexport mostra como as empresas que buscam evitar gargalos nas principais entradas portu�rias, desviando mercadorias por portos alternativos, enfrentam dif�ceis novas quest�es. H� quem opte por entradas estabelecidas da costa oeste americana e destinos ainda mais distantes das rotas tradicionais de transporte de cont�ineres. Na costa leste, as entradas portu�rias est�o at� alardeando opera��es sem congestionamento em um esfor�o para atrair as linhas de cont�ineres e seus clientes de transporte.
Mas a capacidade desses portos empalidece em compara��o com as opera��es em Los Angeles e Long Beach, complexo que movimentou quase 40% de todas as importa��es de cont�ineres que desembarcaram nos portos dos Estados Unidos nos primeiros sete meses do ano, de acordo com a empresa de pesquisa Beacon Economics.
A import�ncia dos portos como entrada de importa��es cresceu � medida que os varejistas se apressaram em reabastecer os estoques que haviam se esgotado no in�cio da pandemia, ajudando a empurrar cerca de 1,1 milh�o de cont�ineres a mais em Los Angeles e Long Beach durante os primeiros sete meses deste ano do que no mesmo per�odo de 2019. A "enxurrada" levou a um congestionamento de navios esperando no mar por espa�o de atraca��o que persistiu ao longo do ano passado.
O problema � que navegar para portos alternativos pode adicionar semanas ao tempo necess�rio para levar mercadorias da �sia para os Estados Unidos e pode acumular novos custos e complica��es. Rachel Rowell, porta-voz do intermedi�rio de carga C.H. A Robinson Worldwide Inc. disse que mudar o fluxo de mercadorias requer disponibilidade de cont�ineres, espa�o em um navio, capacidade e equipamento do caminh�o, incluindo o chassi que se conecta aos caminh�es para permitir que transportem cont�ineres. Todos esses podem estar em falta. (FONTE: DOW JONES NEWSWIRES)
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