A gigante das redes sociais enfrenta uma enxurrada de cr�ticas desde que sua ex-funcion�ria, Frances Haugen, vazou estudos internos que mostram que a empresa conhecia o dano potencial que seus sites provocam, o que levou os legisladores americanos a voltarem a fazer press�o por sua regula��o.
O Facebook divulgou resultados que mostram que seu lucro no rec�m-terminado terceiro trimestre superaram os 9 bilh�es de d�lares, um aumento de 17%, e seu n�mero de usu�rios aumentou para 2,910 bilh�es.
As informa��es divulgadas mais cedo nesta segunda-feira culpam o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pela plataforma se submeter aos censores estatais do Vietn�, permitir que o discurso de �dio aumente em n�vel internacional, devido a defici�ncias lingu�sticas, e saber que seu algoritmo alimenta a polariza��o t�xica online.
"Os 'Facebook Papers' s�o t�o conden�veis, t�o inquietantes, t�o repugnantes, e deveriam levar a uma r�pida a��o em n�vel federal", tuitou a professora de direito da Universidade de Fordham Zephyr Teachout, referindo-se ao apelo gerado pelo vazamento de informa��es da empresa.
Organiza��es jornal�sticas como os jornais The New York Times, The Washington Post e Wired est�o entre as que tiveram acesso ao conjunto de documentos internos do Facebook que Haugen vazou originalmente �s autoridades americanas e que serviram de base para uma s�rie de artigos duros do jornal The Wall Street Journal.
O Facebook qualificou a informa��o como uma publica��o parcial de seus estudos internos, cujo objetivo seria criar uma impress�o negativa sobre a rede social, usada por bilh�es de pessoas.
A empresa tem previsto divulgar nesta segunda-feira seus lucros trimestrais, que dispararam durante a pandemia devido ao uso maci�o de ferramentas online pelas pessoas, que buscavam se proteger do v�rus em casa.
Haugen, que dep�e perante os legisladores brit�nicos nesta segunda-feira, disse em v�rias ocasi�es que a empresa antep�e seu cont�nuo crescimento e, portanto, o lucro, ao bem-estar e � seguran�a dos usu�rios.
- Nos bastidores -
O Facebook j� foi sacudido por grandes crises, mas as revela��es sobre o que ocorre nos bastidores da empresa alimentaram um frenesi de artigos mordazes e um novo impulso aos legisladores americanos para adotar medidas sobre a regula��o das redes sociais.
O artigo do The Washington Post, publicado nesta segunda-feira, afirmava que Zuckerberg tinha assinado pessoalmente uma iniciativa do governo autorit�rio do Vietn� para limitar a difus�o das chamadas publica��es "antiestatais".
O site Politico qualificou os documentos de um "tesouro para a luta antimonop�lio de Washington" contra a plataforma, revelando conversas internas dos funcion�rios sobre o dom�nio global do Facebook.
Os cr�ticos da rede social se lan�aram na semana passada sobre um relat�rio segundo o qual a rede social planeja mudar de nome, argumentando que poderia estar tentando se desviar dos recentes esc�ndalos e controv�rsias.
Segundo informa��o do site The Verge, que o Facebook se negou a confirmar, a companhia pretendia mostrar sua ambi��o de ser algo mais do que uma plataforma de redes sociais.
Apesar das muitas pol�micas que o Facebook tem enfrentado, as autoridades dos Estados Unidos n�o criaram uma nova e substancial legisla��o para regular as redes sociais.
A companhia se recuperou de outros esc�ndalos, como o da Cambridge Analytica, uma consultoria brit�nica que usou dados pessoais de milh�es de usu�rios do Facebook para direcionar an�ncios pol�ticos.
Neste caso, Zuckerberg foi a Washington se desculpar e a empresa fez um acordo com os reguladores americanos pagar 5 bilh�es de d�lares.
WASHINGTON