Os especialistas independentes conclu�ram que os benef�cios conhecidos - tanto diretos, para a sa�de das crian�as, quanto indiretos, para p�r fim �s interrup��es escolares - superavam os riscos conhecidos.
A recomenda��o do comit� tem car�ter consultivo, mas � incomum da Administra��o de Alimentos e Medicamentos (FDA) n�o a siga. Por isso, espera-se que a ag�ncia autorize em breve o uso da vacina para esta faixa et�ria, tornando 28 milh�es de crian�as eleg�veis a receber a vacina a partir de meados de novembro.
"Para mim est� bastante claro que os benef�cios superam o risco quando ou�o falar de crian�as que est�o ingressando na terapia intensiva, que t�m efeitos de longo prazo depois de sofrer de covid, e que est�o morrendo", disse Amanda Cohn, dos Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC), que votou a favor.
"A quest�o n�o � saber tudo, mas saber o suficiente", disse Paul Offit, pediatra do Hospital Infantil da Filad�lfia, que tamb�m votou a favor, mas refletiu sobre o fato de que com o tempo estariam dispon�veis dados de seguran�a mais completos.
Acrescentou que muitas crian�as de alto risco poderiam se beneficiar, al�m de que o risco te�rico de miocardite, o efeito colateral mais preocupante, seria provavelmente muito baixo, em vista da dose reduzida de 10 microgramas, em compara��o com os 30 microgramas aplicadas em pessoas com mais idade.
No entanto, v�rios especialistas relativizaram seus votos, dizendo que n�o seriam favor�veis a um amplo mandato da vacina��o nas escolas e que a imuniza��o devia continuar sendo uma decis�o das fam�lias.
Mais cedo, o principal cientista da FDA, Peter Marks, tinha dito que as crian�as menores estavam "longe de se livrar dos danos da covid-19".
Marks acrescentou que neste grupo houve nos Estados Unidos 1,9 milh�o de infec��es e 8.300 hospitaliza��es, das quais aproximadamente um ter�o precisou de cuidados intensivos.
Tamb�m houve cerca de 100 mortes, o que tornou a covid em uma das 10 principais causas de morte entre as crian�as, acrescentou.
- Efeitos colaterais incomuns -
Um estudo da Pfizer compartilhado pela FDA mostrou que a vacina tinha efic�cia de 90,7% para prevenir a covid-19 sintom�tica e n�o apresentava problemas de seguran�a graves.
O cientista da FDA Hong Yang apresentou um modelo mostrando que, com as taxas de infec��o atuais, a vacina evitaria muito mais hospitaliza��es por covid do que as que a miocardite poderia causar.
Se a transmiss�o da comunidade ca�sse a n�veis muito baixos, esta rela��o poderia mudar, mas mesmo ent�o, a vacina��o poderia valer a pena, devido aos riscos de longo prazo relacionados com os casos n�o hospitalizados, acrescentou.
Entre estes ricos de longo prazo da covid est� a s�ndrome inflamat�ria multissist�mica em crian�as (MIS-C), uma complica��o rara, mas grave, que afetou mais de cinco mil crian�as de todas as idades e matou 46.
A Pfizer avaliou os dados de seguran�a entre 3.000 volunt�rios e os efeitos colaterais mais comuns da vacina foram leves ou moderados, como dor no local da inje��o, fadiga, dor de cabe�a, dores musculares e calafrios.
N�o houve casos de miocardite ou pericardite (inflama��o ao redor do cora��o). A empresa reiterou, por�m, que n�o havia volunt�rios suficientes para poder detectar efeitos colaterais muito raros.
Os casos muito raros de miocardite foram detectados apenas em adolescentes, depois que a vacina foi autorizada em junho e est� sendo administrada em milh�es de pessoas dessa faixa et�ria.
Matthew Oster, pesquisador dos Centros para o Controle e a Preven��o de Doen�as (CDC), fez uma apresenta��o do que se sabe at� agora sobre os efeitos colaterais nos grupos que j� podem se vacinar.
Dos 877 casos de miocardite induzidos pela vacina em menores de 29 anos, 829 foram hospitalizados, segundo dados oficiais.
A grande maioria teve alta, mas cinco continuam em terapia intensiva.
� prov�vel que a taxa deste efeito colateral seja menor no grupo et�rio de cinco a 11 anos do que entre os adolescentes do sexo masculino porque acredita-se que est� relacionado com a testosterona.
A reuni�o ocorre enquanto os Estados Unidos saem de sua �ltima onda, provocada pela variante delta.
Mas a pandemia continua se espalhando rapidamente nos estados do norte, como Alaska, Montana, Wyoming e Idaho, com climas mais frios e taxas de vacina��o mais baixas.
Nos Estados Unidos, 57% da popula��o est� completamente vacinada.
A confian�a nas vacinas aumentou nos �ltimos meses, mas os Estados Unidos continuam atr�s dos outros pa�ses do G7 quanto ao percentual da popula��o vacinada.
PFIZER
WASHINGTON