O presidente Joe Biden pretende enfatizar a mensagem de que os "Estados Unidos voltaram", ap�s quatro anos de pol�micas diplom�ticas com Donald Trump.
A aus�ncia dos presidentes russo, Vladimir Putin, e chin�s, Xi Jinping, que participar�o por v�deo, reduz as expectativas da reuni�o, um f�rum entre aliados e rivais de diferentes dimens�es e poder.
Hoje, o G20 � composto por �frica do Sul, Alemanha, Ar�bia Saudita, Argentina, Austr�lia, Brasil, Canad�, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Fran�a, �ndia, Indon�sia, It�lia, Jap�o, M�xico, Reino Unido, R�ssia, Turquia e Uni�o Europeia.
Os presidentes da Argentina, Alberto Fern�ndez, e do Brasil, Jair Bolsonaro, confirmaram a presen�a.
No caso da Argentina, o evento � particularmente importante para a reestrutura��o de sua d�vida com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Fern�ndez ter� uma reuni�o com a diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva.
Os pa�ses do G20 representam quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB) global, dois ter�os da popula��o mundial e 80% do com�rcio internacional.
- Desafios complexos -
O foco central da reuni�o em Roma ser� a mudan�a clim�tica. O encontro acontece na v�spera do in�cio da crucial confer�ncia COP26, que come�ar� na segunda-feira (1�) em Glasgow, Esc�cia, e que pretende adotar decis�es hist�ricas para deter o aumento da temperatura do planeta.
Para Antony Froggatt, pesquisador do "think tank" Chatham House, se o G20 n�o se comprometer a limitar o aumento da temperatura do planeta a at� +1,5�C e a alcan�ar a neutralidade de emiss�es de carbono at� 2050, "n�o restar� qualquer esperan�a" de cumprimento do Acordo de Paris de 2015 para a redu��o do efeito estufa.
Os pa�ses do G20 s�o respons�veis por 80% das emiss�es de gases do efeito estufa em n�vel global, e v�rios deles resistem a reduzir suas emiss�es.
A China estabeleceu como meta a neutralidade de carbono at� 2060, mas a �ndia, que insiste em sua condi��o de pa�s em desenvolvimento e ter� a presen�a do primeiro-ministro Narendra Modi em Roma, n�o assumiu um compromisso preciso.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, considera que a reuni�o "marca o retorno do multilateralismo, depois dos anos obscuros do isolacionismo e do confinamento ligado � crise sanit�ria".
"Vamos discutir os desafios mais complexos do nosso tempo com o objetivo de encontrar solu��es ambiciosas e compartilhadas", resumiu.
Os l�deres devem assinar um acordo para a ado��o de um imposto m�nimo de 15% �s multinacionais, al�m de discutir sobre a recupera��o p�s-pandemia e seus riscos, incluindo a distribui��o desigual das vacinas contra a covid-19.
Apesar da aus�ncia de expectativas quanto a novos compromissos sobre as vacinas anticovid-19, a It�lia luta para conceder mais ajuda aos pa�ses de baixa renda com a distribui��o dos f�rmacos.
"A solidariedade global para enfrentar esta pandemia � muito pequena", afirma Emma Ross, pesquisadora da Chatham House.
"O G7 n�o esteve � altura das circunst�ncias, ent�o, todos os olhares est�o voltados para o G20", completou.
- A diplomacia de Francisco -
Muitos l�deres chegar�o a Roma na sexta-feira (29) para encontros bilaterais e audi�ncias com o papa Francisco.
Cat�lico praticante, o presidente americano, Joe Biden, ser� recebido pelo pont�fice, assim como o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro da �ndia - este �ltimo, no s�bado (30).
Com um bairro declarado "zona vermelha" de seguran�a m�xima e uma imponente mobiliza��o de for�as de seguran�a, Roma estar� blindada.
Quase 500 soldados foram mobilizados para a reuni�o do G20, que acontecer� em um bairro perif�rico ultramoderno, o chamado EUR, imaginado pelo ditador Benito Mussolini como "capital do imp�rio".
Em paralelo, foram convocadas passeatas de trabalhadores. As autoridades anunciaram que franco-atiradores estar�o posicionados em �reas sens�veis e instalaram controles sanit�rios pelo coronav�rus.
ROMA