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Estado de Minas DOLORES

Audi�ncia de ex-presidente argentino Macri por suspeita de espionagem � suspensa


28/10/2021 22:39 - atualizado 28/10/2021 22:43

O ex-presidente argentino Mauricio Macri compareceu pela primeira vez � Justi�a, nesta quinta-feira (28), para prestar uma declara��o indagat�ria em um caso por suspeita de espionagem de familiares dos 44 tripulantes mortos no naufr�gio de um submarino militar em 2017, durante seu governo.

A audi�ncia, por�m, precisou ser suspensa porque o ex-presidente n�o foi eximido da obriga��o de guardar segredos de Estado, como explicou seu advogado Pablo Lanusse.

"Descobrimos hoje que o tribunal n�o conta com sigilo de intelig�ncia para que Macri possa testemunhar", disse Lanusse ao deixar o tribunal.

� noite e pouco antes de viajar a Roma para participar da c�pula do G20, o presidente Alberto Fern�ndez assinou um decreto para liberar Macri do sigilo sobre quest�es de intelig�ncia e permitir sua declara��o, indicaram fontes oficiais.

N�o h�, por�m, informa��es de quando a audi�ncia ser� retomada.

- Manifesta��o -

Lanusse alegou que o juiz Mart�n Bava "tem demonstrado sua animosidade contra Macri e sua pretens�o de querer process�-lo antes das elei��es" parlamentares de meio de mandato, marcadas para 14 de novembro, em que seu partido de centro-direita Juntos pela Mudan�a espera uma vota��o significativa.

Acompanhado de alguns simpatizantes e por ex-colaboradores de seu governo (2015-2019), Macri chegou � localidade de Dolores (200 km ao sul de Buenos Aires) uma hora e meia antes de sua audi�ncia e foi recebido com um pequeno ato de apoio antes de entrar no tribunal.

"Estamos tranquilos. Sabemos o que fizemos e nossas boas inten��es", disse Macri a seus seguidores, aos quais pediu que trabalhem por "uma cultura do poder s�, que inclua uma justi�a imparcial".

Macri havia faltado �s duas intima��es anteriores: a primeira, por estar no exterior; e a segunda, por ter solicitado o impedimento do juiz Bava.

- "Press�o pol�tica" -

O submarino "ARA San Juan" da Marinha Argentina, um TR-1700 de fabrica��o alem� com 66 metros de comprimento, desapareceu em novembro de 2017 com 44 pessoas a bordo, quando patrulhava as �guas argentinas. O navio foi encontrado um ano depois, a 900 metros de profundidade, com a ajuda de marinhas de outros pa�ses.

A den�ncia sustenta que os familiares dos soldados mortos no naufr�gio do "ARA San Juan" foram alvo de escutas telef�nicas e de outras intercepta��es durante o ano em que tentavam descobrir o que aconteceu.

"Esperamos que Macri cumpra a lei e se apresente como cabe e que, em vez de tentar uma defesa absurda, nos diga a verdade sobre quais foram os motivos para nos espionar ilegalmente", disse � AFP Luis Tagliapietra, pai de um dos marinheiros e advogado demandante neste caso.

"Eu o denunciei em mar�o de 2018. Naquele momento, n�o conseguimos avan�ar, porque era muito dif�cil", afirmou Luis hoje, na porta do tribunal de Dolores. "Est� provad�ssimo que ele espionava a gente e que isso era ilegal. Tomaram que nos digam o que motivou isso", completou.

- "Falsas acusa��es" -

Macri diz que se tratam de "falsas acusa��es" e tentou recusar o juiz, uma medida que foi rejeitada pela C�mara Federal de Mar del Plata na quarta-feira (27).

Em um tenso clima pol�tico, a C�mara Federal pediu ao juiz modera��o em suas express�es, pelo "poss�vel impacto social" de um caso com "repercuss�o midi�tica e institucional", devido ao cargo de ex-presidente de Macri (2015-2019).

J� est�o sendo processados neste caso os ent�o chefes dos servi�os de Intelig�ncia Gustavo Arribas e Silvia Majdalani.

O ex-presidente foi processado em 2010 por grampear ilegalmente um parente e v�rios advers�rios, quando era prefeito de Buenos Aires (2007-2015). O caso foi arquivado logo depois que ele assumiu a presid�ncia em 2015.


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