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Estado de Minas PARIS

Magnitude dos recentes desastres naturais impressiona astronauta franc�s


28/10/2021 09:38

A 400 km de altitude, o astronauta franc�s Thomas Pesquet foi uma testemunha particular das cat�strofes naturais que abalaram a Terra nos �ltimos seis meses.

Da Esta��o Espacial Internacional (ISS, na sigla em ingl�s), onde conclui sua segunda miss�o, o astronauta revela para a AFP sua preocupa��o com o futuro do planeta, a poucos dias do in�cio da COP26.

PERGUNTA: Quais imagens de cat�strofes naturais mais impactaram voc�?

RESPOSTA: Os furac�es e os inc�ndios florestais. Nunca vi nada igual. Fogos de uma magnitude incr�vel, com colunas de fuma�a vis�veis do espa�o durante dias e dias... Foi chocante constatar a energia que era liberada e os danos sofridos pelas pessoas que tiveram o azar de estar em sua trajet�ria. Tamb�m vimos uma sucess�o de tempestades tropicais extremamente impressionantes. Podia-se ver atrav�s do olho do ciclone. S�o paredes de nuvens de uma pot�ncia fenomenal, cada vez mais frequentes, mais destrutivas.

P: Ver a Terra da� de cima pela segunda vez em cinco anos refor�ou sua ideia sobre sua fragilidade?

R: Sim, claramente. Ver o planeta da janela faz voc� pensar. Mas v�-la uma vez � suficiente: apenas com o passar dos dias no espa�o, o simples fato de se distanciar, de ver a fragilidade da atmosfera, essa bolha de sab�o que nos preserva da impossibilidade da vida no espa�o, esse o�sis incr�vel... Isso marca voc� para o resto da sua vida.

E, quando vemos as mudan�as de longo prazo (evidentemente para al�m de cinco anos), voc� n�o consegue deixar de se sentir envolvido. Foi por isso que procurei me comprometer mais com o meio ambiente, como embaixador da FAO [Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura] para a prote��o do planeta.

P: O que mais preocupa voc� no curto prazo? Que medidas urgentes precisam ser tomadas contra o aquecimento do clima?

R: O que � mais preocupante � que n�o conseguimos chegar a um acordo em n�vel internacional e que as quest�es econ�micas sejam priorit�rias em rela��o �s quest�es ambientais. � um racioc�nio "curtoprazista", dado que, no longo prazo, os lucros das empresas est�o diretamente amea�ados pela mudan�a clim�tica.

Quando voc� observa que a Grande Barreira de Corais australiana n�o entrou na lista de patrim�nio mundial em perigo por causa da press�o do governo, voc� pensa que as prioridades n�o est�o corretas, e isso � preocupante.

A primeira coisa a fazer � ouvir os especialistas, que dedicam sua vida inteira a dar respostas nos n�veis local, regional, nacional e global. Voc� tem que tentar aplic�-las.

A prioridade n�mero um � sair do carbono. Temos de dar prioridade � energia renov�vel, ou descarbonizadas... E depois aplicar medidas obrigat�rias, ou seja, os acordos internacionais, com os quais os pa�ses se comprometeram. Para isso serve um f�rum como a COP.


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