"Esta miss�o � independente, imparcial, neutra", disse a chefe da miss�o, a eurodeputada portuguesa Isabel Santos, que acompanhou a sa�da dos cerca de 40 observadores de Caracas para outros estados do pa�s.
"Vamos observar todo o processo, da campanha, at� o momento da vota��o; depois a apura��o, reclama��es, se houver, e depois produziremos um relat�rio".
Santos destacou que os "observadores n�o v�o intervir" em caso de problemas, como � habitual neste tipo de miss�es tanto da UE quanto da ONU.
Os observadores estar�o em 23 dos 24 estados do pa�s: s� o Amazonas (sul) n�o ser� coberto pela miss�o antes das elei��es. Em 18 de novembro, 34 novos observadores "de curto prazo" se unir�o � miss�o, que contar� no total com mais de 100 participantes.
"� uma grande miss�o comparada com outros pa�ses e com outras miss�es aqui" na Venezuela, afirmou Santos.
A eurodeputada socialista deixou clara que n�o h� tens�es entre Caracas e a UE, depois que o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), um ex-ministro do falecido ex-presidente Hugo Ch�vez, exigiu um pedido de desculpas ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, por declarar que a miss�o daria legitimidade �s elei��es.
"Fui muito bem recebida, com a delega��o normal, nada a comentar", afirmou.
A ONU e o Centro Carter v�o enviar representa��es pequenas de "especialistas" para acompanhar estas elei��es de prefeitos e governadores, das quais a oposi��o vai participar depois de tr�s anos de boicote eleitoral.
As autoridades venezuelanas se mostraram reticentes no passado a permitir a entrada de observadores internacionais independentes e optavam por "miss�es de acompanhamento" de organiza��es afins ao chavismo. A UE pressionou, sem sucesso, para enviar uma miss�o de observa��o �s legislativas de dezembro de 2020, das quais a oposi��o n�o participou.
A pandemia, a inseguran�a e problemas log�sticos como a escassez de gasolina, sobretudo no interior, se destacam entre os obst�culos que os observadores ter�o que enfrentar.
"Estamos acostumados a circunst�ncias dif�ceis", disse � AFP o observador polon�s Lukasz Firmanty, que ser� enviado ao estado de Carabobo (norte). "Estamos bem equipados".
Cerca de 70 mil candidatos disputam governos e prefeituras, assim como cargos municipais.
CARACAS