"As estradas est�o habilitadas", informou o diretor do Sistema de Seguran�a Ecu911, Juan Zapata, ao canal Teleamazonas.
O presidente da poderosa Confedera��o das Nacionalidades Ind�genas (Conaie), Le�nidas Iza, anunciou o retorno dos manifestantes aos seus territ�rios. "Vamos voltar �s comunidades, mas continuamos na luta e declaramos a mobiliza��o permanente", assinalou o l�der na localidade andina de Alaus� (sul).
Comunidades ind�genas e de camponeses sa�ram �s ruas em protesto contra a pol�tica econ�mica do presidente conservador Guillermo Lasso, especialmente para rejeitar o aumento nos pre�os dos combust�veis. Trechos de rodovias, incluindo a Pan-Americana, que leva a Col�mbia (norte) e Peru (sul), foram bloqueados com pedras, terra, toras e pneus em chamas.
A Conaie, que participou das revoltas que derrubaram tr�s presidentes entre 1997 e 2005, promoveu os protestos, ap�s o aumento de 90% nos pre�os dos combust�veis desde 2020. As manifesta��es, as mais contundentes nos cinco meses de gest�o de Lasso, acontecem em meio ao estado de exce��o por 60 dias decretado em 18 de outubro para combater a criminalidade ligada ao narcotr�fico.
Dirigindo-se a centenas de ind�genas, Iza declarou: "N�o iremos suspender o protesto, apenas voltaremos para casa para o feriado de finados, porque respeitamos as tradi��es do nosso povo".
- Di�logo suspenso -
Os protestos, que come�aram na ter�a-feira, deixaram 37 presos e oito policiais feridos, segundo o governo. Dois soldados tamb�m foram detidos por um dia. Um jornalista e l�der ind�gena morreu acidentalmente durante a cobertura das manifesta��es.
O governo convidou Iza para um di�logo na sede presidencial no dia 10 de novembro, segundo o porta-voz oficial Carlos Jij�n. O l�der ind�gena expressou que "essa aceita��o n�o ser� uma decis�o dos dirigentes, e sim do povo", motivo pelo qual a Conaie ir� conversar com suas bases.
Lasso e Iza se reuniram pela primeira vez em 4 de outubro para analisar as demandas ind�genas, como a suspens�o da alta do combust�vel e evitar licita��es de �reas de explora��o de petr�leo e minera��o em territ�rios ind�genas.
Lasso, que assumiu o cargo em maio, manteve o mecanismo de reajuste dos pre�os do petr�leo no mercado internacional imposto por seu antecessor Len�n Moreno (2017-2021), para eliminar gradativamente os milion�rios subs�dios aos combust�veis. No �ltimo fim de semana, decretou aumentos de at� 12% nos combust�veis, aumentando o diesel de US$ 1,69 para US$ 1,90 d�lar e a gasolina comum de US$ 2,50 para US$ 2,55. A Conaie exige o congelamento a US$ 1,50 do gal�o de diesel e a US$ 2,10 o da gasolina.
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