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Estado de Minas GLASGOW

Biden acusa China de virar as costas � luta clim�tica na COP26


02/11/2021 18:30 - atualizado 02/11/2021 18:38

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou nesta ter�a-feira (2) a China de virar as costas ao "gigantesco" problema das mudan�as clim�ticas na COP26, marcada por uma grande promessa global de produzir menos metano que n�o inclui o maior emissor mundial.

No terceiro dia da confer�ncia do clima da ONU, os l�deres de uma centena de pa�ses, convidados a participar com a esperan�a de que sua presen�a impulsione o di�logo, decidiram reduzir em 30% suas emiss�es de metano no final desta d�cada.

Mas isso n�o inclui China, R�ssia e �ndia, tr�s dos cinco maiores emissores do planeta. E os presidentes dos dois primeiros pa�ses, Xi Jinping e Vladimir Putin, que antes haviam evitado a c�pula do G20 em Roma, nem mesmo viajaram para a cidade escocesa de Glasgow.

"Acho que foi um grande erro, francamente, que a China n�o apareceu", disse Biden em coletiva de imprensa, acusando-o de "virar as costas" ao "gigantesco" problema que o planeta enfrenta.

- Iniciativa sobre o metano -

O metano tem um efeito estufa 80 vezes mais potente do que o CO2. Suas fontes, como as minas de carv�o a c�u aberto e o gado, receberam relativamente pouca aten��o at� agora.

"� um dos gases que podemos reduzir mais rapidamente", sublinhou a presidente da Comiss�o Europeia, Ursula Von der Leyen, lembrando que � respons�vel por "cerca de 30%" do aquecimento global acumulado desde a revolu��o industrial.

O compromisso foi assinado por 100 pa�ses, liderados por Estados Unidos e os da Uni�o Europeia. Apesar da inclus�o de grandes produtores de carne como Brasil e Argentina, representam pouco mais de 40% das emiss�es mundiais de metano.

"O an�ncio de hoje n�o alcan�a a redu��o de 45% que, segundo a ONU, � necess�ria para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 �C", lamentou Murray Worthy, respons�vel pela ONG Global Witness.

A Argentina juntou-se � promessa, enfatizando "o princ�pio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas" entre pa�ses desenvolvidos - respons�veis pela imensa maioria das emiss�es do �ltimo s�culo - e pa�ses em desenvolvimento.

"A contribui��o da nossa agrobioind�stria para a seguran�a alimentar mundial n�o deve ser exclu�da das negocia��es clim�ticas para n�o gerar novas formas de protecionismo", defendeu o presidente argentino, Alberto Fern�ndez.

Ele pediu que o pagamento de parte de sua enorme d�vida externa seja vinculado "aos investimentos imprescind�veis em infraestrutura verde que a Argentina precisa".

- Negocia��es complicadas -

Cancelada no ano passado por causa da pandemia, a COP26 tem como miss�o desenvolver o Acordo de Paris de 2015, que tem como principal objetivo limitar o aquecimento global a +1,5 �C. No entanto, as negocia��es s�o anunciadas complicadas.

"Ainda resta um longo caminho a percorrer", alertou o primeiro-ministro brit�nico e anfitri�o da confer�ncia, Boris Johnson, declarando-se "prudentemente otimista" quando os l�deres come�am a deixar Glasgow e passam o bast�o para os negociadores.

Buscando dar impulso, os chefes de Estado e de governo n�o s� prometeram emitir menos gases, mas tamb�m absorver mais, freando e revertendo o desmatamento e a degrada��o do solo em 2030.

O primeiro consistiu na promessa de deter e reverter o desmatamento e a degrada��o do solo em 2030.

"Nossas florestas s�o a forma que a natureza captura carbono, retirando CO2 de nossa atmosfera", declarou Biden.

"Temos que enfrentar essa quest�o (do desmatamento) com a mesma seriedade da descarboniza��o de nossas economias", acrescentou.

Segundo a ONG Global Forest Watch, somente em 2020 a destrui��o de florestas prim�rias aumentou 12% em rela��o ao ano anterior - apesar da desacelera��o econ�mica devido � pandemia - e o Brasil, ber�o da maior floresta tropical do planeta, teve 9,5% de aumento nas emiss�es de gases de efeito estufa.

Os mais de 100 pa�ses que assinaram a iniciativa representam 85% das florestas do mundo.

As medidas incluem apoiar atividades em pa�ses em desenvolvimento, como a restaura��o de terras degradadas, o combate a inc�ndios florestais e a defesa dos direitos das comunidades ind�genas.

E ser�o apoiadas por um fundo de US$ 12 bilh�es de dinheiro p�blico financiado por 12 pa�ses entre 2021 e 2025, al�m de US$ 7,2 bilh�es de investimento privado de mais de 30 institui��es financeiras globais.

"� muito importante ser neutro em carbono, mas tamb�m � muito importante ser positivo com a natureza", disse o presidente da Col�mbia, Iv�n Duque, durante o evento, cujo pa�s � 52% ocupado por floresta tropical e 35% por terras amaz�nicas e que prometeu declarar 30% de seu territ�rio como �rea protegida em 2022.

Duque antecipou a promessa em oito anos com rela��o ao previsto, "porque temos que agir agora", afirmou.

Grupos ambientalistas denunciaram o fim do desmatamento em 2030 como tarde demais e o Greenpeace chamou de "luz verde para mais uma d�cada de destrui��o florestal".


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