O presidente Joe Biden notificou ao Congresso que a Eti�pia ser� privada a partir de 1� de janeiro, assim como Guin� e Mali - dois pa�ses que sofreram golpes de Estado -, das prefer�ncias de tarifas concedidas por uma lei americana aos pa�ses da �frica subsaariana.
A Lei de Crescimento e Oportunidades para a �frica (AGOA), lan�ada em 2000, oferece a 40 pa�ses africanos amplas isen��es alfandeg�rias para exportar seus produtos aos Estados Unidos desde que se comprometam a respeitar os direitos humanos e as condi��es de trabalho.
O Tigr�, em meio a um conflito de quase um ano entre as autoridades dissidentes locais e as for�as do governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, foi palco de massacres e viola��es em massa, denunciadas pelo secret�rio de Estado americano Antony Blinken como "atos de limpeza �tnica".
Jeffrey Feltman, o enviado especial dos Estados Unidos para o Chifre da �frica, disse nesta ter�a-feira que as coisas n�o podem continuar "como de costume" com o governo da Eti�pia, o qual acusou de dificultar intencionalmente a ajuda humanit�ria.
"Nenhum governo pode tolerar uma insurg�ncia armada, n�s entendemos, mas nenhum governo deveria adotar pol�ticas ou permitir pr�ticas que resultem na fome maci�a de seus pr�prios cidad�os", disse Feltman no Instituto de Paz dos Estados Unidos, um centro federal que promove a resolu��o de conflitos.
A Eti�pia, que nas �ltimas semanas pressionou para continuar sob a AGOA, deplorou a decis�o que "reverter� importantes ganhos econ�micos".
O conflito do Tigr� come�ou em novembro de 2020 e experimentou uma mudan�a dram�tica desde junho.
Pr�mio Nobel da Paz de 2019, o primeiro-ministro Abiy Ahmed proclamou vit�ria em 28 de novembro passado, poucas semanas depois de enviar o Ex�rcito a Tigr� para destituir as autoridades regionais dissidentes da TPLF.
Em junho, por�m, os rebeldes recuperaram a maior parte da regi�o, for�ando as tropas do governo a se recuarem. Ao mesmo tempo, continuaram sua ofensiva nas regi�es vizinhas de Amhara e Afar.
A posterior propaga��o dos combates para as regi�es vizinhas de Afar e Amhara deslocou centenas de milhares de pessoas e aumentou a crise humanit�ria que, segundo a ONU, deixou 400.000 pessoas � beira da fome.
Em setembro, as autoridades de Amhara estimaram que pelo menos 233.000 civis que fugiam do avan�o rebelde encontraram abrigo em Dessie e em Kombolcha.
WASHINGTON