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Estado de Minas WAYANAD

For�a feminina luta para proteger enclave de biodiversidade na �ndia


03/11/2021 10:57

O desmatamento e a mudan�a clim�tica afetam os Gates ocidentais, a cadeia montanhosa indiana que � patrim�nio mundial da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco), mas uma for�a florestal feminina luta para proteger um dos �ltimos enclaves de biodiversidade da regi�o.

A �rea abriga ao menos 325 esp�cies amea�adas de plantas, aves, anf�bios, r�pteis e peixes, e a Uni�o Internacional para a Conserva��o da Natureza (UICN) classificou suas perspectivas como de "grande preocupa��o".

Mas no Santu�rio Bot�nico Gurukula, 27 mulheres atuam como guardi�s de samambaias raras, de musgos que abra�am as �rvores e de milhares de outras plantas que poderiam estar perdidas para sempre sem seu trabalho.

"Tentamos resgatar o que for poss�vel, � como um acampamento de refugiados", comentou Suprabah Seshan, uma das curadoras da reserva.

Tamb�m � como um hospital.

"A unidade de cuidados intensivos s�o os vasos de planta e, quando tiramos estes vasos, � como a enfermaria, onde recebem outras formas de cuidado prim�rio de sa�de", acrescentou Seshan.

Ela calcula que mais de 90% das plantas da regi�o desapareceram, uma situa��o que classifica como um "holocausto" ecol�gico.

Gurukula surgiu como um ref�gio para a flora nativa que luta para sobreviver diante do aquecimento global e da invas�o humana, com a esperan�a de repovoar a �rea com plantas nativas.

Gurukula, que significa "retiro com um guru", foi criado h� 50 anos pelo ambientalista alem�o Wolfgang Theuerkauf, falecido h� dez anos. Come�ou com algo em torno de tr�s hectares de terreno que hoje se multiplicaram por dez.

Tr�s gera��es de "guardi�s da floresta chuvosa", mulheres de aldeias locais no estado quente e �mido de Kerala, trabalharam com os bot�nicos para criar o santu�rio.

"Aqui temos entre 30% e 40% das Gates ocidentais sob prote��o", acrescentou Seshan.

E o trabalho � cada vez mais crucial.

Em 2012, a regi�o foi reconhecida pela Unesco por sua diversidade biol�gica. J� a UICN alertou, em seu relat�rio "Perspectiva do Patrim�nio Mundial", sobre a amea�a pela crescente atividade humana e perda de habitat.

A organiza��o apontou que "50 milh�es de pessoas vivem na regi�o das Gates ocidentais, o que gera press�es de uma magnitude maior do que em outras �reas protegidas do mundo".

Seshan, que trabalha no santu�rio h� 30 anos, acompanhou de perto a evolu��o dessa deteriora��o.

"Quando cheguei aqui, o pl�stico n�o fazia parte da nossa cultura. Lembro quando Wolfgang encontrou a primeira sacola pl�stica no rio e disse: 'chegou a civiliza��o'", conta Seshan.


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