Apesar da atual subida da infla��o na zona do euro, as "perspectivas de infla��o a m�dio prazo mant�m-se modestas", pelo que "as condi��es para uma subida das taxas de juros n�o ser�o satisfeitas" no pr�ximo ano, explicou Lagarde durante um discurso em Lisboa.
Na �ltima reuni�o, realizada no final de outubro, o BCE manteve a taxa de juros principal em zero e todas as medidas de apoio � economia, apesar do forte aumento da infla��o na �rea do euro.
"Um endurecimento indevido das condi��es de financiamento � indesej�vel em um momento em que o poder de compra j� est� sendo corro�do pelo aumento das contas de energia e combust�vel" e representaria um "vento contr�rio indesej�vel para a recupera��o", explicou Lagarde.
Dessa forma, afastou as expectativas do mercado de uma primeira alta da taxa de juros em dezembro de 2022.
O aumento da infla��o na zona do euro � mais forte do que o esperado, atingindo 4,1% ano a ano em setembro, a taxa de aumento de pre�os mais r�pida em mais de 13 anos. Isso pressionou o BCE a responder.
Mas, por enquanto, o banco espera que a infla��o volte a cair em 2022 e chegue a apenas 1,5% em 2023, ainda longe de sua meta de 2%. No entanto, a previs�o de infla��o para os dois anos seguintes teria que estar dentro dos limites da meta para o BCE alterar as taxas de juros.
As aten��es do mercado v�o se concentrar nesta quarta-feira na Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que re�ne seu comit� de pol�tica monet�ria.
Enquanto o BCE opta por esperar para ver como a infla��o se desenvolve, preferindo continuar apoiando a economia conforme a recupera��o vacila, o Fed pode, em vez disso, sinalizar que pretende aumentar suas taxas de juros antes do esperado.
E na quinta-feira, o Banco da Inglaterra pode aumentar sua taxa de juros pela primeira vez desde agosto de 2018.
O BCE, por sua vez, v� bons motivos para relembrar sua jovem hist�ria. Dez anos atr�s, seu ex-presidente, Jean-Claude Trichet, aumentou as taxas de juros muito cedo, justamente quando a crise estava prestes a explodir, erro que foi rapidamente corrigido por seu sucessor, Mario Draghi, mas que ficou nos anais da institui��o.
FRANKFURT