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Estado de Minas INTERNACIONAL

Por que a popularidade de Biden desabou nos EUA e qual a influ�ncia de Trump nisso

Sondagens e resultados eleitorais recentes revelam perda de vigor do presidente democrata, o que se explica por uma s�rie de fatores


04/11/2021 23:30 - atualizado 04/11/2021 23:30

Joe Biden
Sondagens e resultados eleitorais recentes revelam perda de vigor do presidente democrata, o que se explica por uma s�rie de fatores (foto: EPA)
Menos de um ano depois, Joe Biden passa pelo que parece ser seu pior momento desde que chegou � Casa Branca.

 

A queda da popularidade e o triunfo do candidato republicano nas elei��es para governador da Virg�nia dispararam alarmes na equipe do presidente dos Estados Unidos e seus apoiadores.

 

Tamb�m no Estado de New Jersey, onde o governador democrata, Phil Murphy, obteve resultado bem abaixo do esperado, embora a imprensa finalmente o tenha projetado como vencedor da reelei��o.

 

A um ano da elei��o de meio de mandato (a ser realizada em 8 de novembro de 2022), na qual o Congresso de ex�gua maioria democrata ser� renovado, os republicanos est�o mostrando sinais de recupera��o.

 

O ex-presidente Donald Trump continua totalmente envolvido na pol�tica e flerta para concorrer novamente �s elei��es presidenciais a serem realizadas no final de 2024.

 

H� um longo caminho a percorrer e os especialistas concordam que as tend�ncias podem ser revertidas, mas a realidade hoje � que Biden est� perdendo f�lego.


Glenn Youngkin
Republicano Glenn Youngkin surpreendeu ao vencer na Virg�nia (foto: EPA)

O que est� acontecendo

As pesquisas vinham alertando nos �ltimos meses para um decl�nio na popularidade de Biden, que no in�cio de novembro atingiu um n�vel de reprova��o de 51%.

 

O triunfo imprevis�vel do republicano Glenn Youngkin na Virg�nia, um Estado em que Biden claramente prevaleceu nas elei��es presidenciais de um ano atr�s, e o atrito do democrata Murphy em Nova Jersey confirmaram essa tend�ncia.

 

De acordo com Anthony Zurcher, correspondente da BBC na Am�rica do Norte, "a pol�tica nos EUA segue um padr�o conhecido" .

 

"Um novo presidente � eleito e, depois de uma onda de popularidade inicial, suas tentativas de fazer avan�ar sua agenda pol�tica se deparam com um vento contr�rio. O partido que perdeu o poder, instigado por sua recente derrota e irritado com as a��es do governo rival, recupera a unidade na oposi��o, enquanto o partido no poder sofre com divis�es internas."

 

J� aconteceu com os presidentes Bill Clinton, Barack Obama e o pr�prio Trump, assim como no segundo mandato de George W. Bush.

Biden agora sofre as consequ�ncias dessa divis�o e paga o pre�o pela falta de acordo dos democratas no Congresso para aprovar suas principais propostas: v�rios pacotes de gastos com servi�os sociais, luta contra as mudan�as clim�ticas e infraestrutura avaliada em trilh�es de d�lares.

 

Enquanto os parlamentares democratas mais radicais consideram as medidas insuficientes, outros mais moderados as rejeitam como excessivas, e nesse cabo de guerra as iniciativas seguem estagnadas h� meses.


Trump
Donald Trump flerta com ideia de voltar para Casa Branca (foto: Reuters)

Soma-se a isso a mem�ria da retirada ca�tica das tropas americanas do Afeganist�o em agosto. As pesquisas mostraram que a opini�o p�blica criticou como isso foi feito.

E quanto a Trump e os republicanos

Dez meses depois que os apoiadores de Trump invadiram o Capit�lio de Washington DC para evitar a proclama��o de Biden e o esc�ndalo que se seguiu, os republicanos recuperaram sua imagem diante do eleitorado.

 

Trump, que n�o parou de insistir sem provas de que a elei��o de Biden foi "um roubo" e continua na arena pol�tica, flerta com a ideia de concorrer � presid�ncia novamente em 2024.

 

Poucos no Partido Republicano ousaram confrontar abertamente o ex-presidente, talvez por medo de incomodar seus eleitores.

 

No entanto, embora os candidatos republicanos tenham repetido algumas das mensagens de Trump, como sua den�ncia de uma "crise migrat�ria" na fronteira com o M�xico ou sua rejei��o dos regulamentos que obrigam o uso de m�scaras para conter a propaga��o do covid-19, alguns come�aram a se distanciar.

 

Youngkin evitou aparecer com Trump em sua campanha de sucesso para se tornar governador da Virg�nia e se concentrou em criticar a gest�o de Biden, com �nfase particular nos problemas de uma economia com crescimento mais fraco e infla��o mais alta do que o esperado, e na defesa do direito dos pais de decidir sobre a educa��o de seus filhos.

Sem o ex-presidente como protagonista da campanha, os democratas tiveram mais dificuldade em mobilizar muitos eleitores que, acima de tudo, rejeitavam o pol�mico magnata de Nova York.

 

A jornalista da BBC Tara McKelvey diz "Youngkin confiou em um programa de lei e ordem e se op�s �s m�scaras obrigat�rias, ecoando as mensagens que Trump usa, mas manteve dist�ncia dele. Ele apelou aos eleitores. Aqueles que gostam da postura de Trump, mas se sentem desconfort�veis com sua figura."

 

McKelvey diz acreditar que essa pode se tornar uma receita repetida por outros candidatos republicanos. "Sua vit�ria provavelmente guiar� outros conservadores na campanha eleitoral de meio de mandato."

Ser� "o roteiro Trump sem Trump".


A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, chega ao Congresso
Democratas n�o chegaram a acordo no Congresso sobre grandes promessas de Biden (foto: Pete Marovich / Getty)

O que pode acontecer agora

Falta ainda um ano para as elei��es que ser�o decididas pelo Congresso e muito mais para o in�cio de uma nova disputa pela Casa Branca.

 

Al�m disso, � comum que o partido que atualmente ocupa a presid�ncia sofra com a menor participa��o que costuma ocorrer em elei��es em que n�o se decide quem ser� o presidente.

 

Mas o que aconteceu j� abriu o debate interno do lado democrata e n�o faltam vozes exigindo maior diversidade na escolha de seus candidatos para mobilizar o eleitor afro-americano.

 

Nem os que exigem que se cheguem a um acordo de uma vez por todas no Congresso para aprovar as medidas que Biden prometeu a seus eleitores.

 

Zurcher acredita que "os maus press�gios de uma derrota nas elei��es de meio de mandato v�o desencadear o p�nico entre os congressistas democratas e talvez empurr�-los para a a��o" para que o presidente e os candidatos de seu partido tenham algo a vender ao eleitorado.

 

N�o h� outra maneira pela qual eles possam manter sua maioria parlamentar m�nima.

 

Trump, por sua vez, acompanhar� tudo de perto, pesando suas op��es para concorrer novamente. E outros republicanos v�o analisar as suas para desafi�-lo nas prim�rias.

 

Existem muitas inc�gnitas e muito poucas certezas. A �nica, talvez, � que, como diz Zurcher, "os EUA foram e continuam a ser um pa�s altamente polarizado e politicamente dividido" e "n�o h� maiorias governamentais permanentes".

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