Ju�za questiona processo de Trump para manter em segredo documentos de 6 de janeiro

Uma ju�za de Washington questionou nesta quinta-feira (4) o processo do ex-presidente Donald Trump para bloquear a divulga��o de registros da Casa Branca, que poderiam implic�-lo, assim como seus colaboradores, no ataque de 6 de janeiro ao Capit�lio dos Estados Unidos.

Quatro semanas ap�s o presidente Joe Biden aprovar a libera��o dos mesmos documentos, a ju�za Tanya Chutkan expressou d�vidas sobre a reivindica��o de Trump a respeito do privil�gio presidencial de manter sob sigilo comunica��es e registros de visitantes relacionados �quele dia.

Os documentos foram solicitados pela comiss�o especial da C�mara dos Representantes que investiga os eventos violentos de 6 de janeiro, quando centenas de apoiadores de Trump invadiram a sede do Congresso, for�ando seu fechamento e atrasando uma sess�o que confirmava Biden como o vencedor das elei��es e o novo presidente.

O processo de Trump busca uma suspens�o para impedir a divulga��o dos documentos, sob o argumento de que, como ex-presidente, ele mant�m privil�gios para proteger seu trabalho e comunica��es.

"O ex-presidente tem o direito de fazer valer seu privil�gio", afirmou o advogado de Trump, Justin Clark. No entanto, Chutkan o desafiou a citar qualquer precedente, � luz da ordem j� dada por Biden para divulgar os registros.

"Como devo pesar a reivindica��o de privil�gio de um presidente anterior quando o presidente atual diz que n�o h� nenhum?", perguntou a ju�za. "Quem melhor pode determinar se existe um privil�gio executivo � o Executivo", acrescentou.

Ela tamb�m questionou a alega��o de Clark de que a comiss�o especial, que tamb�m convocou assessores de Trump para testemunhar, n�o tem raz�o leg�tima para pedir esses documentos.

Mais uma vez, Chutkan perguntou: "Realmente est� dizendo que as notas, os t�picos de conversa e conversas telef�nicas do presidente em 6 de janeiro n�o t�m rela��o com a quest�o sobre a qual o Congresso est� legislando?"

A ju�za, no entanto, concordou com Clark que a solicita��o de documentos feita pela comiss�o, que inclui arquivos que datam de abril de 2020, pode ser ampla demais.

Um advogado que representa a comiss�o, Douglas Letter, explicou que a ideia era mostrar que Trump encorajou o ataque alimentando a raiva entre seus apoiadores. "Este ataque n�o surgiu do nada", advertiu Letter ao tribunal.

Chutkan, diante da urg�ncia do pedido de Trump para bloquear a divulga��o, garantiu que emitiria uma decis�o "rapidamente".