O ministro das Comunica��es, F�bio Faria, chamou de "grande sucesso" o processo licitat�rio das frequ�ncias para o desenvolvimento da nova rede.
"Superou todas as nossas expectativas. Grande parte desse valor ser� para investimentos", declarou em coletiva de imprensa ap�s o fim da licita��o.
O valor final ficou muito pr�ximo dos 50 bilh�es de reais estimados inicialmente pelo governo.
Isso se explica pelo pouco interesse que se antecipava em uma faixa de 26 GHz considerada experimental, segundo especialistas, que concordaram em avaliar o resultado geral da licita��o como "bem-sucedido".
Entre as vencedoras - Claro (filial da mexicana Am�rica M�vil), Telef�nica Brasil (dona da Vivo e filial do grupo espanhol) e Tim (filial da Telecom It�lia) - foram distribu�das licen�as de alcance nacional no principal bloco para opera��o na faixa de 3,5 GHz.
Na quinta-feira, no primeiro dia de abertura dos envelopes e an�lise das propostas de 15 empresas, a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) atribuiu as frequ�ncias mais interessantes aos principais 'players' do setor.
Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital, que representa cinco das licitantes, destacou: "90% dos quase 47 bilh�es de reais ser�o investimentos [...] ent�o poderemos ter mais aparelhos conectados com 5G em menos tempo do que outros pa�ses que j� licitaram sua rede".
A nova rede chegar� ao Distrito Federal e �s 26 capitais antes de julho de 2022, e a instala��o se expandir� para o restante do territ�rio brasileiro at� 2028, conforme planejado.
Nas demais cidades, com popula��o superior a 30.000 habitantes, o 5G chegar� entre 2025 e 2028.
O leil�o deu acesso ao mercado a seis novos 'players'. Entre eles a jovem Winity, criada pelo fundo de investimentos Patria h� quase um ano, que arrematou o primeiro bloco por 1,427 bilh�o de reais.
Com a nova rede, o Brasil aspira promover o crescimento econ�mico com maior efici�ncia para os diversos setores produtivos, e conex�o para mais brasileiros, institui��es de ensino e at� rodovias.
O processo licitat�rio incluiu uma rede paralela para uso exclusivo do governo, na qual n�o ser� poss�vel usar equipamentos da empresa chinesa Huawei. A companhia foi exclu�da pelos termos do edital, em meio a uma disputa geopol�tica por acusa��es de espionagem feitas, especialmente, pelos Estados Unidos.
Entre as 15 empresas que apresentaram propostas, cinco j� oferecem servi�os de telecomunica��es no pa�s. As outras dez s�o empresas menores, especialmente de servi�os de banda larga por fibra �tica.
Segundo Faria, a implementa��o do 5G poderia representar um crescimento de 10% s� para o agro, um setor com potencial de impulsionar 2,5% do PIB na pr�xima d�cada.
Essa rede permitir� conectar aparelhos entre si e na nuvem, com tempos de resposta imediatos, possibilitando, por exemplo, o desenvolvimento de cidades inteligentes, ve�culos aut�nomos ou cirurgias � dist�ncia.
Enquanto se prepara para dar este salto para o futuro, o Brasil buscar� incluir 40 milh�es de pessoas sem conex�o e compensar o atraso das �reas menos desenvolvidas, como da Amaz�nia.
BRAS�LIA