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Estado de Minas SURTO

Pa�ses da Europa voltam a cogitar lockdown por causa da COVID-19

Com cont�gio crescente pelo novo coronav�rus e a proximidade do inverno, continente pode ter mais 500 mil mortes pela doen�a at� fevereiro, alerta OMS


07/11/2021 04:00 - atualizado 06/11/2021 22:56

Mulher passa em frente a mural que oferece cerveja de graça a quem fizer teste de COVID-19 em Dortmund, na Alemanha
N�meros da COVID-19 voltam a assustar na Alemanha, que tenta estimular a vacina��o e n�o descarta a possibilidade de decretar novo lockdown para conter o surto. Na cidade de Dortmund, esta��o de testes da doen�a oferece at� cerveja de gra�a (foto: Ina FASSBENDER / AFP)
O ritmo atual de transmiss�o do novo coronav�rus na Europa tem preocupado autoridades e coloca o continente mais uma vez como epicentro da pandemia de COVID-19, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Com a proximidade do inverno na regi�o, a entidade alertou que a situa��o � muito preocupante e pode causar mais meio milh�o de mortes no continente at� fevereiro.

Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, disse, nessa quinta-feira, que todos os 53 pa�ses da regi�o est�o enfrentando “uma amea�a real do ressurgimento da COVID-19 ou j� a combatem” e encorajou os governos a retomarem ou continuarem com medidas para conter a transmiss�o do v�rus. “Estamos, mais uma vez, no epicentro de uma onda de COVID”, afirmou.

O n�mero de novos casos por dia est� h� quase seis semanas consecutivas em alta na Europa, e o de mortes di�rias continua a subir, j� h� sete semanas. S�o, em m�dia, 250 mil novos casos e 3.600 �bitos por dia, de acordo com dados oficiais coletados pela ag�ncia de not�cias AFP.

O mais preocupante foi o r�pido aumento de infec��es e mortes em grupos populacionais mais velhos, com as taxas de interna��o mais do que dobrando em uma semana e 75% dos casos fatais ocorrendo agora em pessoas com 65 anos ou mais, segundo a OMS.

“Se mantiver essa trajet�ria, poderemos ver mais meio milh�o de mortes por COVID-19 na Europa e na �sia Central at� primeiro de fevereiro do pr�ximo ano, e 43 pa�ses em nossa regi�o enfrentar�o ocupa��o de alta a extrema em leitos hospitalares”, alerta Kluge.

A preocupa��o das autoridades se deve ao fato de o v�rus se espalhar mais r�pido nos meses de inverno, quando as pessoas se re�nem em ambientes fechados. Para a OMS, o aumento de casos pode ser explicado pela combina��o de uma cobertura vacinal insuficiente com relaxamento das medidas de preven��o. A organiza��o pediu que a m�scara continue a ser usada. “Dados confi�veis mostram que, se continuarmos usando em 95% a m�scara na Europa e na �sia Central, poderemos salvar at� 188 mil vidas do meio milh�o que corremos o risco de perder at� fevereiro de 2022”, frisou Hans Kluge.

A taxa de vacina��o diminuiu em todo o continente nos �ltimos meses. Enquanto cerca de 80% das pessoas na Espanha est�o totalmente imunizadas com pelo menos duas doses, na Alemanha, esse percentual � de apenas 66%. J� em alguns pa�ses do Leste Europeu, ela � ainda menor – apenas 32% dos russos estavam totalmente vacinados em outubro deste ano.

Segundo a OMS, Alemanha, R�ssia e pa�ses do Leste Europeu s�o os locais que mais preocupam, j� que registraram as maiores altas de novos casos. Mas outros pa�ses tamb�m est�o em estado de alerta.

Alemanha

Maior economia da Europa, o pa�s teve o segundo recorde seguido de n�mero de novos casos di�rios de COVID-19 nessa sexta-feira (5/11), com pouco mais de 37 mil casos. O recorde anterior, de quinta-feira, era de cerca de 34 mil notifica��es. A Alemanha j� registrou 96.346 mortes em decorr�ncia da doen�a.

De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), respons�vel pelas respostas �s doen�as infecciosas no pa�s, pessoas n�o vacinadas correm alto risco de infec��o. O ministro da Sa�de, Jens Spahn, afirmou que um novo lockdown pode ser decretado e pediu para que as pessoas se vacinem e obede�am �s normas de distanciamento social.

Na Alemanha, 66,5% da popula��o est� totalmente vacinada contra a COVID-19, de acordo com o RKI. Entre os muitos alem�es que n�o foram vacinados, h� mais de 3 milh�es de pessoas com mais de 60 anos em situa��o de risco particular.

O governo precisou transferir pacientes de regi�es onde os hospitais est�o sobrecarregados para �reas com menor n�mero de infec��es,.

R�ssia

O pa�s registrou 40.735 novos casos de COVID-19 e 1.192 mortes relacionadas ao v�rus nessa sexta-feira, segundo dados do governo. Os n�meros ficaram pr�ximos dos recordes de 40.993 casos, em 31 de outubro, e 1.195 mortes, reportadas na quinta-feira (4/11). A nova onda � impulsionada pela variante Delta e por uma das taxas de vacina��o mais baixas da Europa. Outro fator � o baixo uso de m�scaras pela popula��o.

O pa�s criou um “feriado prolongado” de 11 dias, que come�ou em 28 de outubro e vai at� hoje, para tentar conter o avan�o do novo coronav�rus. Servi�os n�o essenciais est�o fechados e uma s�rie de restri��es foi imposta. Apenas farm�cias, supermercados e lojas que vendem itens b�sicos podem abrir nesse per�odo.

Os centros de tratamento intensivo (CTIs) de v�rios hospitais russos est�o operando no limite da capacidade, principalmente na capital, Moscou, cidade mais afetada do pa�s. O governo pediu que os idosos fiquem em casa por quatro meses.

A R�ssia sofre com o aumento de casos e mortes pela doen�a desde junho. Mesmo com a piora da situa��o, os russos continuam se recusando a tomar as vacinas contra a COVID-19. O pa�s desenvolveu a Sputnik V e outros tr�s imunizantes, mas apenas 38% da popula��o est� vacinada com pelo menos uma dose e menos de 33% dos russos est�o totalmente imunizados. A taxa de vacina��o da R�ssia � uma das mais baixas da Europa, abaixo at� da m�dia mundial, com 39% da popula��o completamente imunizada.

Holanda

O pa�s decidiu retomar medidas de preven��o contra a COVID-19, incluindo o uso obrigat�rio de m�scara em espa�os p�blicos, para tentar frear o aumento de casos, nessa ter�a-feira (2/11). “As infec��es e as interna��es hospitalares est�o aumentando rapidamente”, disse o primeiro-ministro, Mark Rutte.

A regra de distanciamento social de 1,5 metro foi reintroduzida pelo governo, al�m da necessidade de apresentar passaporte de vacina��o em locais como museus e varandas de restaurantes. As pessoas tamb�m s�o aconselhadas a trabalhar em casa pelo menos metade da semana e a evitar viagens durante os hor�rios de pico.

A flexibiliza��o das medidas de preven��o contra a COVID-19 teve in�cio na Holanda h� dois meses.

Fran�a 

A ag�ncia sanit�ria Sant� Publique France informou, na semana passada, que o pa�s regrediu � situa��o pand�mica. Desde 18 de outubro, o n�mero de infec��es graves voltou a aumentar, e novos casos cresceram 14% no per�odo de uma semana em 44 regi�es. Na �ltima semana, a Fran�a registrou m�dia de 5.276 novas contamina��es e 346 interna��es em unidades de terapia intensiva (UTI), aumento de 12%.

“Na Fran�a, as taxas de novas hospitaliza��es e interna��es em unidades de terapia intensiva est�o crescendo ou est�o est�veis em todas as regi�es. Neste contexto, � primordial encorajar a vacina��o de pessoas ainda n�o imunizadas e a terceira dose para os maiores de 65 anos e pacientes com comorbidades, al�m de manter a ades�o �s medidas protetivas”, disse a ag�ncia em comunicado.

A Fran�a tem cerca de 68% da popula��o com o esquema vacinal completo. Al�m disso, o pa�s utiliza o passaporte sanit�rio, que limita o acesso a locais p�blicos fechados apenas para quem j� est� imunizado, o que ajuda a conter novas infec��es.

It�lia

Um dos primeiros pa�ses a sofrer com milhares de mortes no in�cio da pandemia, em abril do ano passado, a It�lia tamb�m registrou recorde de novos casos nos �ltimos dias, apesar de ter uma das maiores taxas de vacina��o para maiores de 12 anos da Europa.

Nessa quinta-feira, foram mais de 5.905 novos casos e 59 mortes por COVID-19, segundo boletim di�rio do Minist�rio da Sa�de italiano. O n�mero de cont�gios � o mais alto desde 8 de setembro, quando foram contabilizadas 5.923 contamina��es, e mant�m a tend�ncia de alta da curva epidemiol�gica. J� s�o 10 dias consecutivos com aumento de casos ativos. Dos 87.376 pacientes com a doen�a, 83.948 est�o em isolamento domiciliar, 3.045 internados em hospitais sob observa��o e 383 em unidades de terapia intensiva (UTIs).

A m�dia m�vel de cont�gios nos �ltimos sete dias continua aumentando e chegou a 4.497 – eram 4.349 um dia antes. A de mortes segue est�vel e chegou a 40 – uma a mais do que na quarta-feira.

Inglaterra

A preval�ncia da COVID-19 na Inglaterra atingiu o n�vel mais elevado j� registrado em outubro, segundo o Imperial College de Londres, liderado por um n�mero alto de casos em crian�as e uma disparada no Sudoeste do pa�s.

Pen�nsula Ib�rica

Portugal tem a maior taxa de vacina��o completa do mundo, 87,39% da popula��o est� imunizada com as duas doses. Apesar disso, as novas infec��es passaram de 1 mil pela primeira vez desde setembro. J� a Espanha � um dos poucos pa�ses a n�o registrar aumento na transmiss�o, com 2.287 casos relatados na quarta-feira (4/11). (Com informa��es da Ag�ncia Brasil, BBC News Brasil e Estad�o Conte�do)

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina


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