A espanhola Carmen Huidobro, 27, estudou Meio Ambiente na universidade. Agora, trabalha no setor e esta j� � a terceira confer�ncia da ONU sobre mudan�as clim�ticas da qual participa.
Desde desmontar os mitos sobre as energias renov�veis at� explicar o impacto da ind�stria t�xtil no aquecimento global, com o "Climabar", canal do YouTube cofundado por ela h� um ano, Carmen busca colocar seus conhecimentos ao alcance de todos usando uma linguagem simples, como uma conversa casual entre amigos, enquanto toma uma bebida.
No momento, o canal tem 1.570 assinantes, mas Carmen n�o tem a inten��o de parar por a�.
"Sempre estive envolvida com quest�es ambientais e percebi que o problema �, justamente, que falamos apenas com gente que j� est� consciente" do que est� acontecendo, explica ela � AFP.
"Percebi que, fora desse c�rculo, ningu�m se importava" com as mudan�as clim�ticas e suas consequ�ncias, acrescenta.
Participa de uma transmiss�o ao vivo para apresentar seu trabalho enquanto, nas ruas, milhares de pessoas se manifestam para exigir mais a��es e menos palavras na luta urgente contra o aquecimento global.
"Minha companheira est� l� fora", diz, sorrindo, sobre Bel�n Hinojar, a amiga com quem fundou o Climabar.
Al�m disso, completa, "todos os tipos de ativismo s�o necess�rios e, para mim, estar aqui tamb�m � ativismo", acrescenta.
"E nem todo mundo se sente em sintonia com o que est� acontecendo l� fora. � preciso se aproximar das pessoas de uma forma que elas se sintam confort�veis e em sintonia. � preciso estender a m�o, n�o se limitar a falar sempre com as mesmas pessoas", insiste.
- "Pequena forma de contribuir" -
A indiana Sejal Kumar, de 26 anos, tamb�m quer conscientizar seu p�blico, muito mais numeroso: 875.000 pessoas seguem-na no Instagram e seu canal no YouTube tem 1,4 milh�o de assinantes. E n�o por raz�es ambientais. A maioria s�o garotas interessadas em seus conselhos de moda e beleza.
"Este ano entendi que deveria tentar mudar o que estou tentando dizer e a forma como uso a moda, que tem um enorme impacto ecol�gico", reconhece.
Convidada pelo YouTube para ir � cidade escocesa de Glasgow, onde a COP26 sobre o clima acontece, ela quer trabalhar em seu compromisso e influenciar suas f�s.
"Procuro as pequenas coisas que posso fazer no meu dia a dia. E, se posso incentivar minhas seguidoras a fazerem o mesmo, � uma pequena forma de contribuir. As pessoas querem saber o que podem fazer", acrescenta.
Declarando-se "muito comprometida com os direitos das mulheres", esta jovem diz querer "aprender cada vez mais sobre a mudan�a clim�tica".
"N�o tenho vergonha de ser novata neste assunto, � precisamente o que procuramos, que quem n�o � especialista tamb�m possa falar" sobre o aquecimento global e suas consequ�ncias, defende, ap�s ter participado de v�rias mesas-redondas, incluindo uma com a jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai.
Para "Alicia Joe", uma alem� de 20 anos, cujo canal no YouTube, com mais de 250.000 assinantes, concentra-se em quest�es sociais, a COP26 "� um bom lugar para aprender" sobre novos temas.
Essa jovem, que trabalha muito a partir dos coment�rios de seus seguidores, foi especialmente afetada pelas letais enchentes que mataram quase 200 pessoas em seu pa�s em julho e que, segundo um estudo cient�fico, foram agravadas pelos efeitos do aquecimento global.
"Foi muito interessante coletar as hist�rias dos desabrigados que moravam perto da minha casa. E � uma boa maneira de chamar a aten��o", analisa.
Depois de cinco dias na confer�ncia, ela agora quer "divulgar o que aprendi aqui", afirma, ap�s postar seu primeiro v�deo sobre o aquecimento global direto de Glasgow.
GLASGOW