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Estado de Minas #PRAENTENDER

Entenda quais pautas clim�ticas avan�aram na COP-26

Apesar do encontro de l�deres globais, ativistas dizem que medidas para tentar conter a emiss�o de gases poluentes anunciadas em Glasgow s�o insuficientes


13/11/2021 04:00 - atualizado 12/11/2021 20:06

Copa de árvore sobre texto 'As promessas da COP-26'
COP-26, na Esc�cia, foi marcada por muitas promessas e cr�ticas (foto: Arte EM)
L�deres e representantes de 196 pa�ses reunidos na Esc�cia para a Confer�ncia das Na��es Unidas sobre as Mudan�as Clim�ticas (COP-26) discutiram entre o fim de outubro e esta semana metas e a��es que afetar�o a sociedade, o meio ambiente e a economia mundial nos pr�ximos anos. Fizemos este v�deo #PraEntender quais pautas clim�ticas avan�aram em Glasgow.


Mais de 100 chefes de Estado e de governo se comprometeram a cessar o desmatamento at� 2030, apesar de muitos n�o detalharem como isso seria poss�vel e as a��es ficarem apenas no campo das promessas. Tamb�m foram anunciados planos para emitir 30% menos metano, o segundo g�s respons�vel pelo efeito estufa, atr�s apenas do CO2.

Quase 50 pa�ses prometeram parar de usar carv�o para produzir energia el�trica e centenas de entidades financeiras privadas ofereceram bilh�es de d�lares em cr�ditos. O encontro era para ter ocorrido em novembro de 2020, mas devido ao aumento de casos de COVID-19 na Europa, a COP-26 foi remarcada para este ano. 

Discurso x realidade no Brasil

O governo brasileiro assinou acordos multilaterais na COP-26 contra o devasta��o da floresta, prometeu zerar o desmate ilegal at� 2028 e reduzir as emiss�es de metano. Mas o discurso segue na contram�o da realidade ambiental. O Brasil continua a bater recordes nos �ndices de desmatamento da Amaz�nia.

foto aérea mostra floresta no Amazonas em chamas, em setembro de 2020
Brasil desmatou 877 quil�metros quadrados de floresta na Amaz�nia em outubro. Alta de 5% sobre 2020 (foto: Joshua Howat Berger/AFP)


Dados divulgados nessa sexta (12/11) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), �rg�o do Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia, apontam que a �rea de alertas de  desmatamento de outubro foi a maior para o m�s nos �ltimos sete anos.

Foram 877 quil�metros quadrados de devasta��o da floresta na Amaz�nia, um aumento de 5% em rela��o a outubro de 2020 e o maior �ndice no m�s em toda a s�rie hist�rica do Deter, sistema de alertas do Inpe, iniciado em 2016.

�ltima oportunidade

O secret�rio-geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), Ant�nio Guterres, acredita que o encontro deste ano tenha sido a �ltima oportunidade para “virar a mar�”. O trocadilho usado por Guterres diz respeito ao aumento no n�vel do mar devido ao derretimento das calotas polares. Uma consequ�ncia, j� comprovada, do aumento da temperatura do planeta, o que pode gerar inunda��es em muitos pa�ses.

O relat�rio divulgado em 9 de agosto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudan�as Clim�ticas (IPCC) mostrou que a temperatura da superf�cie global da Terra subiu 1,09 %u2103  entre o per�odo de 1850 a 2010, o que � 0,29 %u2103 mais quente do que o constatado no estudo anterior do IPCC, divulgado em 2013.

manifestantes em Glasgow, na Escócia, sede da COP-26, mostra a expressão Stop Climate Crime
Protesto contra uso de combust�veis f�sseis durante a COP-26 em Glasgow, na Esc�cia (foto: Andy Buchanan/AFP)


Na �ltima semana de outubro, foi divulgado um outro alerta pelo Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente. O relat�rio de 2021 sobre a Lacuna de Emiss�es mostrou que as novas promessas clim�ticas apresentadas pelos pa�ses, combinadas com outras medidas de mitiga��o, n�o seriam suficientes para o quadro atual de emerg�ncia e n�o evitariam um aumento da temperatura global de 2,7°C at� o fim do s�culo. 

Segundo as Na��es Unidas, um aumento de temperaturas dessa magnitude pode significar um aumento de 62% nas �reas queimadas por inc�ndios florestais no Hemisf�rio Norte durante o ver�o, a perda de habitat de um ter�o dos mam�feros no mundo e secas mais frequentes, durando entre quatro e 10 meses.

Cr�ticas aos participantes

Apesar das conversas entre os l�deres mundiais, a ativista sueca Greta Thunberg criticou a c�pula, dizendo que cortes “imediatos e dr�sticos” nas emiss�es de carbono s�o necess�rios. “N�o � segredo que a COP-26 � um fracasso, deveria ser �bvio que n�o podemos solucionar uma crise com os mesmos m�todos que nos colocaram nessa situa��o. E cada vez mais pessoas est�o percebendo isso”, disse Thunberg em uma manifesta��o em Glasgow.

foto mostra a jovem líder indígena Txai Suruí usando roupas e adereços típicos de sua etnia
A jovem Txai Suru� foi a �nica ind�gena da Am�rica Latina e �nica brasileira a discursar na COP-26 (foto: Photo by Paul Ellis/AFP)


Txai Suru�, de 24 anos, foi a �nica ind�gena da Am�rica Latina e �nica brasileira a discursar na abertura da COP-26 . Filha do cacique Almir Suru� e da indigenista Neidinha Suru�, a jovem nasceu em Rond�nia e destacou em seu discurso no evento de Glasgow a necessidade dos povos origin�rios do Brasil participarem das decis�es sobre mudan�as clim�ticas. “Os l�deres precisam saber que o que estamos vivendo na Amaz�nia tamb�m � responsabilidade deles”, afirmou.


Promessas de pouco impacto

A ONU avaliou que os novos compromissos de combate �s mudan�as clim�ticas anunciados na COP dificilmente mudam a trajet�ria atual do planeta. Segundo a diretora executiva do Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen, apesar de algumas contribui��es, como a promessa de diminui��o de gases de efeito estufa, a realidade � que o esfor�o � pouco frente ao necess�rio para o planeta.


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