A pol�cia informou no Twitter que 50 migrantes ultrapassaram no s�bado a fronteira protegida por for�as da UE e da Otan, perto da localidade de Starzyna.
Todos foram detidos praticamente quando entraram no territ�rio.
Milhares de migrantes procedentes do Oriente M�dio acampam na fronteira entre a UE e Belarus, o que provocou um agravamento das rela��es entre a primeira e os Estados Unidos de um lado, e Belarus e sua aliada R�ssia do outro.
Os pa�ses ocidentais acusam o regime do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko de organizar deliberadamente a crise, estimulando os migrantes a seguir para este pa�s e depois transport�-los at� a fronteira com a Pol�nia.
Belarus nega a acusa��o e culpa o Ocidente.
"Se algu�m acredita que Lukashenko e os bielorrussos recuar�o, isto n�o vai acontecer", afirmou o pr�prio presidente (na terceira pessoa), em uma entrevista publicada no s�bado.
De acordo com organiza��es humanit�rias, pelo menos 10 migrantes morreram at� o momento.
V�rias ONGs citam uma crise humanit�ria com temperaturas abaixo de 0�C e pedem uma desescalada, al�m do envio de ajuda aos migrantes.
No maior acampamento, perto da cidade bielorrussa de Bruzgi, as autoridades calculam a presen�a de 2.000 migrantes e refugiados, incluindo mulheres gr�vidas e crian�as.
As autoridades de Belarus fornecem ajuda, incluindo barracas e aquecedores, gesto que antecipa uma presen�a quase permanente na fronteira.
O ministro das Rela��es Exteriores de Belarus, Vladimir Makei, conversou neste domingo com o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, no primeiro contato de alto n�vel entre Bruxelas e Minsk desde o in�cio da crise na fronteira.
Makei advertiu que as san��es contra Minsk s�o "in�teis e contraproducentes" na conversa por telefone com Borrell, que j� havia anunciado a mobiliza��o do bloco para a aprova��o de novas medidas contra Belarus por seu papel na chegada de migrantes � fronteira polonesa.
No Twitter, Borrell informou que mencionou a Makei a "prec�ria situa��o humanit�ria na fronteira com a UE".
"� necess�rio proteger a vida das pessoas e permitir o acesso das ag�ncias humanit�rias", completou Borrell.
"A situa��o atual � inaceit�vel e deve acabar. As pessoas n�o devem ser utilizadas como armas".
- Provoca��o na fronteira? -
A Pol�nia se nega a permitir que os migrantes entrem em seu territ�rio e acusa Belarus de impedir o retorno destas pessoas a sues pa�ses de origem.
O ministro do Interior, Mariusz Kaminski, informou no s�bado que os migrantes ouviram um boato de que a Pol�nia permitiria a passagem na segunda-feira e que �nibus seriam enviados da Alemanha para o transporte.
"Est�o preparando uma provoca��o", afirmou Kaminski.
O governo polon�s enviou mensagens de texto a todos os telefones celulares estrangeiros ao longo da fronteira para denunciar "uma absoluta mentira sem sentido. A Pol�nia continuar� protegendo sua fronteira".
"Aqueles que divulgam estes boatos querem estimular os migrantes a atacar a fronteira, o que pode provocar incidentes perigosos", adverte o texto.
Os ministros das Rela��es Exteriores da UE se reunir�o na segunda-feira para ampliar as san��es contra Belarus, ap�s as medidas impostas pela repress�o aos opositores do regime de Lukashenko, que governa o pa�s h� quase 30 anos.
Borrell afirmou que ser�o adotadas san��es contra "todos aqueles envolvidos no tr�fico ilegal de migrantes a Belarus, incluindo companhias a�reas, ag�ncias de viagens e funcion�rios governamentais.
"Lukashenko se equivoca, acredita que adotando repres�lias n�s dar�amos o bra�o a torcer e as san��es seriam eliminadas. Acontece o contr�rio", disse.
De acordo com o primeiro-ministro polon�s, Mateusz Morawiecki, entre as medidas previstas est� o "fechamento total da fronteira para cortar as vantagens econ�micas do regime".
Em uma entrevista � ag�ncia PAP, Morawiecki tamb�m afirmou que "toda a comunidade (europeia) deve contribuir" para a constru��o de um muro na fronteira entre Pol�nia e Belarus.
A chanceler brit�nica, Liz Truss, pediu neste domingo ao presidente russo, Vladimir Putin, uma interven��o contra esta "vergonhosa e orquestrada crise migrat�ria".
Por press�o da diplomacia dos pa�ses europeus, a Turquia proibiu que iraquianos, s�rios e iemenitas viajem para Belarus. E a companhia a�rea s�ria Cham Wings cancelou os voos para Minsk.
VARS�VIA