"Declaro minha candidatura � elei��o presidencial, n�o porque estou concorrendo ao poder, mas para conduzir nosso povo � gl�ria, ao progresso e � prosperidade", afirmou o marechal Haftar em um discurso exibido ao vivo de Benghazi, seu reduto.
Em 22 de setembro, Haftar, de 77 anos, se afastou provisoriamente de suas fun��es � frente do autoproclamado Ex�rcito Nacional L�bio (ENL), como estipula a lei eleitoral, para poder disputar a elei��o presidencial de 24 de dezembro.
A lei eleitoral em quest�o, criticada pelos opositores do marechal Haftar, permite que ele dispute a presid�ncia e possa retornar ao posto militar se n�o for eleito.
Acusado por seus advers�rios de querer instaurar uma ditadura militar, Haftar tem o apoio do Egito e dos Emirados �rabes Unidos.
Ele deseja conquistar o poder nas urnas, ap�s o fracasso de sua ofensiva militar contra Tr�poli, sede do governo reconhecido pela ONU, em 2019.
Desde a queda do regime de Muamar Khadafi em 2011, a L�bia enfrenta uma espiral de viol�ncia, com lutas entre grupos rivais no leste e oeste do pa�s.
No discurso desta ter�a-feira, Haftar afirmou que a elei��o de dezembro � "a �nica maneira de tirar a L�bia do caos".
"A L�bia est� em uma encruzilhada. Ou opta pela liberdade e a independ�ncia, ou pela corrup��o e o caos", completou.
Depois do discurso, ele seguiu para um escrit�rio da Alta Comiss�o Eleitoral (HNEC) para apresentar formalmente a candidatura.
Wolfram Lacher, especialista em L�bia do instituto alem�o SWP, afirma que as for�as lideradas por Haftar "s�o as principais respons�veis por crimes de guerra desde 2014 e podem recorrer � viol�ncia para influenciar nas elei��es".
A candidatura do marechal Haftar foi anunciada dois dias ap�s a de Saif al Islam Khadafi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por "crimes contra a humanidade".
Al�m de Haftar e Khadafi, at� o momento outros quatro candidatos relativamente desconhecidos anunciaram as candidaturas.
Em 2019, o marechal Haftar - que controlava o leste e uma parte do sul do pa�s - enviou seus combatentes para tentar conquistar Tr�poli (oeste), sede do governo reconhecido pela ONU.
Suas tropas foram expulsas em junho de 2020 pelas for�as rivais apoiadas militarmente pela Turquia.
Na �poca, o militar se apresentou como o "salvador" da L�bia e chamou os opositores de "terroristas" ou "mercen�rios".
Os rivais o acusam de desejar instaurar uma ditadura militar no pa�s rico em petr�leo do norte da �frica.
Seu fracasso na conquista da capital foi acompanhado pela assinatura de um cessar-fogo em outubro de 2020 e, sobretudo, pela instala��o, em mar�o de 2021 e com media��o da ONU, de um governo respons�vel por liderar a transi��o at� as elei��es de dezembro.
BENGASI