Segundo informou Blinken, em Abuja, capital da Nig�ria, os Estados Unidos querem "deixar de tratar a �frica como sujeito de geopol�tica e passar a trat�-la como o grande ator geopol�tico que se tornou".
Blinken n�o deu detalhes sobre quando essa futura c�pula ser� realizada. Ele viaja por v�rios pa�ses africanos, pouco antes de a China organizar um encontro de alto perfil com l�deres africanos no Senegal.
Durante seu discurso em Abuja, Blinken n�o mencionou a China, mas insistiu que os acordos com outras na��es podem ser "sem transpar�ncia, coercitivos, aprisionar pa�ses em d�vidas inimagin�veis, destruir o meio ambiente e n�o beneficiar os habitantes".
"Nossa forma de atuar ser� duradoura, transparente e regida por valores", garantiu.
Blinken reconheceu, por�m, que a desconfian�a dos pa�ses africanos em rela��o a esse tipo de discurso tem sua raz�o de ser.
"Muitas vezes, os pa�ses africanos foram tratados como parceiros menores, e at� inferiores, e n�o como parceiros iguais", reconheceu.
"Sabemos que s�culos de colonialismo, escravid�o e explora��o deixaram legados dolorosos que ainda perduram", acrescentou.
- "Dar op��es" -
Blinken insistiu que os Estados Unidos n�o querem que os pa�ses africanos sejam pressionados a concordar. "Quero ser claro: os Estados Unidos n�o querem impor limites em seus acordos de coopera��o com outros pa�ses", disse. "Queremos dar-lhes op��es."
Blinken, que tamb�m viajar� ao Qu�nia, prometeu cooperar com a regi�o em �reas como o combate � covid-19 e as mudan�as clim�ticas.
Nos �ltimos anos, a China tem investido fortemente no continente africano, principalmente em infraestrutura e na explora��o de suas mat�rias-primas (ouro e madeira).
Para o governo Biden, a China � um dos principais desafios dos Estados Unidos, devido ao seu crescimento explosivo e � sua crescente presen�a no cen�rio internacional.
Nesta sexta-feira, de Abuja, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, acusou Pequim de amea�ar "a paz e estabilidade regional" na �sia e causar uma escalada das tens�es com as Filipinas.
Na quinta-feria, as Filipinas acusaram na os navios da Guarda Costeira chinesa de lan�ar canh�es de �gua contra seus navios que abasteciam militares filipinos no disputado Mar do Sul da China.
Para marcar o rompimento com seu antecessor Donald Trump, Biden definiu novas prioridades que incluem n�o s� a �frica, mas tamb�m a defesa da democracia.
Em dezembro, o presidente dos Estados Unidos organizar� uma c�pula virtual sobre o tema em resposta � ascens�o de l�deres autorit�rios em todo o mundo.
"O decl�nio da democracia n�o � apenas um problema africano, � um problema global. Meu pr�prio pa�s est� lutando contra amea�as � nossa democracia. E as solu��es para essas amea�as vir�o tanto da �frica quanto de outros lugares", disse Blinken na Nig�ria.
ABUJA