
A ag�ncia americana respons�vel pelo setor de alimentos e rem�dios (FDA, na sigla em ingl�s) disse que a autoriza��o de uso emergencial concedida aos laborat�rios Pfizer e Moderna ajuda a "oferecer uma prote��o cont�nua contra a COVID-19, inclusive contra as consequ�ncias graves que podem ocorrer, como hospitaliza��o, ou morte".
Um painel de especialistas convocado pelos Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) ratificou a decis�o de expandir a elegibilidade e recomendou explicitamente refor�os para todas as pessoas com mais de 50 anos, mesmo na aus�ncia de condi��es subjacentes.
"Estou muito satisfeito por termos clareza e simplifica��o das recomenda��es para que todos os americanos possam entender as vacinas que s�o recomendadas para eles neste momento", declarou Camille Kotton, m�dico infectologista do Hospital Geral de Massachusetts.
A diretora dos CDC, Rochelle Walensky, aprovou formalmente as recomenda��es do painel, afirmando que os esfor�os "s�o uma ferramenta importante de sa�de p�blica para fortalecer nossas defesas contra o v�rus ao come�arem as f�rias de inverno".
A FDA disse que baseou sua decis�o em dados s�lidos de resposta imunol�gica de centenas de pessoas que receberam as duas vacinas. Pouco antes, as duas empresas farmac�uticas anunciaram que haviam obtido a aprova��o da ag�ncia.
"Esta autoriza��o de uso de emerg�ncia chega em um momento cr�tico, � medida que entramos nos meses de inverno (ver�o no Brasil) e enfrentamos um n�mero crescente de casos de COVID-19 e de hospitaliza��es em todo pa�s", declarou o diretor-executivo da Moderna, Stephane Bancel.
- Mudan�a de estrat�gia -
Pessoas acima de 18 anos que receberam a vacina de dose �nica da Johnson & Johnson nos Estados Unidos j� tinham direito a uma segunda dose, dois meses ap�s sua primeira inje��o.
No caso dos vacinados com Pfizer e Moderna, a terceira dose estava reservada, at� agora, apenas para algumas categorias: pessoas acima de 65 anos; adultos com risco de desenvolver uma forma grave da doen�a; ou aqueles com elevada exposi��o ao v�rus, por exemplo, por causa de seu trabalho.
Este an�ncio ocorre em um momento em que o n�mero de infec��es volta a subir nos Estados Unidos, com uma m�dia di�ria de 85.000 novos casos e mil mortes por COVID-19. No final de outubro, a m�dia estava em cerca de 70.000 casos por dia.
Alguns estados, como a Calif�rnia (oeste), j� haviam come�ado a permitir doses de refor�o para todos os adultos, antes mesmo das recomenda��es das ag�ncias sanit�rias, na esperan�a de conter a propaga��o da epidemia antes da temporada de f�rias.
A Pfizer tamb�m conduziu um ensaio cl�nico envolvendo 10.000 pessoas com mais de 16 anos, que concluiu que o refor�o foi eficaz contra infec��es sintom�ticas em mais de 95% dos casos em compara��o com aqueles que n�o receberam refor�o.
A terceira dose da Pfizer � dosada em 30 microgramas, o mesmo que a s�rie de imuniza��o prim�ria, enquanto a da Moderna � de 50 microgramas, metade da s�rie inicial.
- Preocupa��es -
A grande maioria das pessoas que ficam internadas ou morrem de coronav�rus n�o s�o vacinadas e, portanto, a melhor forma de controlar a onda de inverno seria chegar at� essas pessoas, ao inv�s de refor�ar os j� vacinados, argumentar os cr�ticos da nova campanha.
Uma desvantagem potencial, eles argumentam, � que aqueles que resistem �s vacinas podem concluir que as inje��es s�o ineficazes.
Outro risco � o aumento do n�mero de casos de inflama��o do cora��o relacionada � vacina (miocardite), especialmente entre homens mais jovens.
Tanto a Pfizer quanto a Moderna t�m estudos p�s-autoriza��o programados para avaliar os riscos de miocardite.
Os especialistas concordam em que os refor�os por si s� n�o podem resolver a pandemia, enquanto os pa�ses mais pobres, especialmente na �frica, permanecem presos a porcentagens de um d�gito para as pessoas cobertas por sua s�rie de vacina��o prim�ria.