No imponente e moderno espa�o concebido pelo arquiteto Massimiliano Fuksas, onde recentemente se celebrou a c�pula do G20 e depois de ter servido de centro de vacina��o anticovid, "Nuvola" re�ne artistas de v�rias gera��es e de v�rias tend�ncias.
Uma esp�cie de exposi��o sobre o estado de sa�de da arte moderna na It�lia ap�s a pandemia, que tamb�m pretende se tornar uma refer�ncia para galeristas, colecionadores e diretores de museus.
A primeira edi��o da feira, aberta ao p�blico de 19 a 21 de novembro, idealizada e dirigida por Alessandro Nicosia, com dire��o art�stica de Adriana Polveroni, traz pinturas, esculturas, instala��es e v�deos.
"Queremos preencher um vazio que Roma tinha", diz Nicosia, ao reconhecer indiretamente a aus�ncia por anos de um movimento art�stico e cultural mais vanguardista na capital italiana.
Um enorme cubo de ferro preto coberto com peda�os de carv�o, idealizado nos anos 1970 pelo grego radicado em Roma Jannis Kounellis, falecido em 2017, um proeminente mestre da Arte Povero, lembra aos visitantes que a arte vai al�m do com�rcio e pode nascer de materiais considerados pobres: carv�o, terra, lixo.
Nos 7.000 metros quadrados de exposi��es, as instala��es causam deslumbre: os homens sem cabe�a de Donato Piccolo, a pintura digital de David Maria Coltro com suas paisagens em constante muta��o ou o v�deo sensorial da jovem Pamela Diamante.
A perturbadora fragilidade da natureza e das esp�cies inspira muitos artistas, que criam v�deos e esculturas sonoras como "Marta e o Elefante" de Stefano Bombardieri, cujos elefantes e hipop�tamos suspensos s�o uma met�fora da condi��o humana.
Tamb�m n�o falta arte que denuncie o drama ecol�gico por meio do mapa-m�ndi do artista russo Iakovos Volkov, feito com materiais encontrados em lix�es e ruas, com montanhas de roupas, aeross�is vazios e bichos de pel�cia.
Para o franc�s Cyril de Commarque, entre os artistas estrangeiros convidados, que vive em Roma depois de anos em Londres e Berlim, a feira romana � um grande desafio.
"Acho que para uma pessoa que cresceu em Roma � mais dif�cil abandonar as refer�ncias cl�ssicas para se expressar de forma contempor�nea", comentou � AFP em frente � sua instala��o "The Goddess of All Things".
Feita com material reciclado, esculpida em parte por um rob�, a instala��o De Commarque, com um enorme ovo aberto de onde sai uma gr�vida, � uma moderna alegoria do nascimento.
O pa�s convidado para esta primeira edi��o � Israel, que selecionou um grupo de 17 artistas, que abordam as m�ltiplas facetas da realidade � sua maneira, com diferentes origens, culturas e etnias da drusa Fatma Shana ao et�ope Michal Mamit Worke.
ROMA