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Estado de Minas PEQUIM

Censura e obst�culos legais freiam movimento #MeToo na China


20/11/2021 15:22

A censura e os in�meros obst�culos legais que as denunciantes enfrentam frearam, consideravelmente, o movimento #MeToo na China, que continua sendo um pa�s profundamente patriarcal.

No in�cio de novembro, pela primeira vez, o fen�meno teve como alvo os escal�es superiores do poder pol�tico. A estrela do t�nis Peng Shuai, de 35 anos, afirmou ter sofrido abuso sexual por parte de uma poderosa ex-lideran�a do Partido Comunista.

Publicada na rede social chinesa Weibo (o equivalente ao Twitter no pa�s asi�tico), sua mensagem foi rapidamente censurada, antes de ter sua autenticidade verificada pela AFP.

Desde a den�ncia, a tenista n�o foi mais vista em p�blico. Na sexta-feira (19), a ONU e os Estados Unidos exigiram da China provas de seu paradeiro da China.

Assim como a tenista, muitas mulheres chinesas que decidiram levantar a voz viram os fatos se voltarem contra elas.

O movimento mundial contra a viol�ncia contra as mulheres #MeToo apareceu na China em 2018, depois que um grupo de mulheres denunciou casos de ass�dio sexual por parte de professores universit�rios.

A rea��o imediata das autoridades foi bloquear a hashtag #MeToo, assim como outras palavras-chave relacionadas com o movimento. O temor do governo era n�o poder controlar um movimento em grande escala.

Com frequ�ncia, a pol�cia prende ativistas feministas conhecidas. � o caso de Sophia Huang Xueqin, presa em setembro por "incitar � subvers�o do Estado", segundo a ONG Rep�rteres Sem Fronteiras.

- Grandes obst�culos -

Embora o presidente chin�s, Xi Jinping, insista no papel das mulheres no "desenvolvimento" e no "progresso social", sua aus�ncia em cargos importantes do governo continua sendo flagrante.

Entre os 25 membros do Politburo do Partido Comunista, h� apenas uma mulher. E, ainda que uma nova lei tenha sido aprovada no ano passado para esclarecer o conceito de ass�dio sexual, quem denuncia continua a enfrentar grandes obst�culos.

"Voc� sempre tem que mostrar que � honesta (...) e que n�o est� usando esse assunto para se colocar � frente dos outros", disse � AFP, sob anonimato, uma mulher que denunciou uma conduta sexual inadequada em rela��o a ela.

J� para o acusado "� realmente muito simples", porque "pode simplesmente negar e n�o precisa provar sua inoc�ncia", completou.

Os casos levados � Justi�a costumam ser rejeitados e, na maioria das vezes, o r�u apresenta uma queixa por difama��o.

Um exemplo � o de Wang Qi, funcion�ria de uma ONG do WWF que denunciou na Internet o ass�dio sistem�tico de seu superior. Em 2018, foi processada por difama��o e condenada por um tribunal a se desculpar.

A Justi�a considerou que n�o havia provas suficientes e que ela pode ter "espalhado mentiras".

Os tribunais exigem que as supostas v�timas apresentem provas muito mais s�lidas do que as fornecidas pelos acusados. De acordo com um estudo da Escola de Direito de Yale, publicado em maio, costuma-se descartar os testemunhos de familiares, amigos e colegas.

As mulheres que denunciam agress�o e ass�dio sexual tamb�m enfrentam ataques pessoais.

Depois que o famoso jornalista Zhang Wen foi acusado de estupro por uma escritora an�nima em 2018, outras mulheres acusaram-no de ass�dio sexual. Zhang ent�o tentou desacredit�-las on-line, acusando-as de beber e de sa�rem com muitos homens.

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